
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decreta uma emergência sanitária global por conta do novo coronavírus. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, em Genebra, depois de uma reunião entre especialistas e os governos dos países afetados.
Por dias, Pequim pressionou para que a declaração não fosse realizada. Mas, para a OMS, o surto é “sem precedentes”. A entidade alerta ainda que não há necessidade de restrição de viagens e nem de comércio. Mas insiste que a declaração é uma forma de apoiar países que não teriam a capacidade de lidar com um eventual surto. “Isso não é uma declaração de não confiança com a China”, indicou a OMS. “Esse é o momento para que os fatos prevaleçam, não o medo”, declarou.
A OMS ainda anunciou que vai questionar restrições que países optem por colocar e pedir que governos “provem cientificamente” o motivo de eventuais barreiras. Segundo a agência, haverá uma pressão para que restrições sejam reconsideradas. “Esse não é um exemplo a seguir”, declarou a entidade.
A iniciativa tem um forte componente político e ocorre poucas horas depois de as autoridades chinesas divulgarem o maior salto em apenas um dia no número de mortes. Um plano para uma resposta global também foi apresentado, com obrigações que devem ser seguidas por países em todo o mundo.
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