
Em 2015 o Orlando City fazia a sua estreia na Major League Soccer (MLS), principal liga de futebol dos Estados Unidos, e concentrava os holofotes por conta de um detalhe: contratou Kaká, até então no Milan, para ser a sua principal estrela em sua primeira temporada na MLS. E quem trouxe o eleito Melhor do Mundo em 2007 para a terra do Tio Sam foi também um brasileiro, o empresário Flávio Augusto, que tinha o sonho de ter um clube de futebol.
Prestes a disputar a sua sexta temporada consecutiva na elite do futebol norte-americano, os Lions – apelido do clube – podem até não ter conseguido uma classificação para os play-offs nas primeiras cinco edições, mas o futuro é promissor. O clube hoje tem valor de mercado estipulado em R$ 2,2 bilhões, cerca de 11 vezes mais do valor investido incialmente por Flávio, e o público nos jogos também é expressivo: inaugurado em 2017, o Exploria Stadium, um dos poucos estádios privados dos Estados Unidos, tem capacidade para 25.500 pessoas e em 2019 recebeu cerca de 23 mil espectadores de média.
Ao lado de Flávio desde o início do projeto, Alexandre Leitão, CEO do Orlando City, concedeu entrevista exclusiva ao FOXSports.com.br e contou como tudo começou. Também empresário, ele foi o responsável por trazer Kaká para o clube norte-americano, e revelou que o processo de montar um time nos Estados Unidos é bem diferente do que no Brasil.
“No Brasil é difícil (criar um clube) porque são clubes centenários, que são associações, aqui nos Estados Unidos não. A Liga iniciou em 1996, e como todas as Ligas dos esportes americanos, o modelo é de Entidade Única, onde os clubes são donos da Liga. Para que você possa entrar, você precisa ser aceito pelos outros sócios, precisa pagar, ter um projeto ambicioso, que os outros donos entendam que ajudará no crescimento do esporte e da liga no país, tem que ter uma força financeira por trás, porque precisa construir um estádio, um centro de treinamento, uma série de pré-requisitos. É um processo que demora uns dois anos. No nosso caso, começamos as conversas em 2012, perto do final de 2013 a gente foi nos dada a oportunidade de ter o time, e começamos a jogar em 2015”, explicou.
Em relação à contratação de Kaká, Leitão lembrou que a amizade de muitos anos com o brasileiro ajudou a trazê-lo a Orlando, mas que mesmo assim as tratativas não foram nada fáceis.
Fonte: FOX
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