
Dos mais de 78 mil infectados pelo novo coronavírus na China desde o início da crise, quase metade deles já haviam sido considerados curados e receberam alta do hospital. No entanto, um novo fenômeno que está acontecendo no país vem preocupando os médicos. Há casos de pessoas que se recuperaram do vírus e, em semanas, voltaram a testar positivo.
Segundo a imprensa estatal chinesa, o primeiro homem a ser contaminado pelo vírus na cidade de Xuzhou havia recebido alta do hospital e, duas semanas depois, voltou a apresentar os sintomas e dar positivo nos testes. O mesmo ocorreu com sua filha e os dois voltaram a ser internados. Casos semelhantes ocorreram em diversas outras cidades e províncias da China, mesmo sem que os pacientes tivessem voltado à vida normal (trabalho, estudos) e sem ter contato com outros infectados. Na província de Cantão, no sudeste do país, 14% dos casos curados deram positivo novamente.
Os médicos ainda investigam os motivos para as recaídas, uma vez que não houve contato com o vírus novamente. A opção mais aceita até agora é a de que uma pequena quantidade de vírus deve ter ficado no corpo dos infectados. Por ser muito pequena, ela não é detectável pelo exame, mas pode se reproduzir e voltar a testar positivo, caso o organismo não tiver desenvolvido anticorpos suficientes. Também é possível que essa falta de anticorpos permita uma segunda infecção de fontes externas.
A Comissão Nacional de Saúde da China afirma que os testes nos casos de reinfecção podem ser falsos positivos ou podem não ter sido coletados da maneira correta. Inicialmente, as amostras eram tiradas do nariz e da garganta, mas testes mais recentes encontraram vestígios do vírus nos pulmões.
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