Exclusivo: Ex-patrão dá detalhes da noite em que Diony Cimini esfaqueou quatro pessoas

O Globe News USA falou com exclusividade com mais uma das vítimas de Diony Cimini, que esfaqueou quatro pessoas em um bar de Hudson (Massachusetts), na noite do último dia 7 de março. Após ser citado por outra das vítimas, Joaquim Rocha, o ex-patrão de Diony, procurou a produção do Globe News USA para dar o seu lado da história.

Segundo Joaquim, ele e Diony chegaram ao local por volta das 11h30 da noite. Ele ficou conversando com amigos, enquanto o Diony entrou na frente.

“Depois eu entrei, e quando estava chegando no balcão estava o Alemão lá, uns amigos. Cumprimentei eles. O vizinho do Alemão me deu uma cerveja e uma para o Diony. E neste intervalo, eu dei um gole na cerveja, botei em cima do balcão e o Diony foi dançar forró. Dançou duas músicas com a mesma mulher. Quando acabou a segunda música, um casal veio pra cima do Diony querendo brigar com ele. Eu puxei o Diony e falei ‘briga não. Para com isso'”, lembra.

A mulher com que Diony dançava é uma amiga deles, e durante a dança, acabaram esbarrando no casal, o que teria começado a confusão. “Depois ele saiu pra dançar de novo. E veio um rapaz que queria brigar com o Diony, que era o irmão do outro casal. Eu puxei o Diony. Ele estava no balcão e eu virei as costas e fui conversar com uns outros amigo meus. Conversamos sobre trabalho. E quando eu virei, já vi o Diony brigando com o vizinho do Alemão. Entrei para separar, e deu de seis a homens lá. O detetive falou que tinha oito homens brigando com o Diony”, revela.

“Ele estava no chão, rolando com um monte de gente. Na hora que eu estava tirando as pessoas, o Diony estava com um monte de gente no chão. Quando eu consegui tirar o Diony do chão. Ele botou a mão e eu nao senti nada. Só senti uma coisa que me pegou. Ele escapou da minha mão e o Alemão empurrou o Diony até lá fora”, completa.

Toda a ação, desde o momento em que chegaram no bar, durou cerca de 30 minutos. E com o fim da festa, Joaquim não encontrou a chave do carro. Comi ninguém quis lhe dar carona, foi embora a pé. Tinha andado por cerca de 1,5 milha, quando foi perdendo as forças. Ele também havia sido esfaqueado.

“A pessoa que deu meu telefone para a polícia de Hudson achou que estaria me prejudicando, mas ajudou a salvar a minha vida. A polícia me ligou. Perguntou onde eu estava. Eu falei. E eu estava quase desmaiando. Ajoelhado para cair no chão. A polícia veio e eu levantei. Falei que estava doendo demais e caí ali. Escureceu a vista e deu tontura. escorei na placa, encostei a mão na perna e senti sujo de sangue. O detetive disse que se demorasse mais 5 minutos, eu não estaria vivo para contar”, revela. Joaquim levou 70 pontos. 65 por dentro e outros 5 pontos por fora.

Joaquim também negou que tivesse feito uma aposta com Diony para que dançasse com uma mulher casada. “Muita gente está dizendo que eu sou o culpado da briga. Mas eu nao gosto de briga. Eu saio de briga. Não estou aqui para defender o Diony. Não estou aqui para acusar ninguém, estou aqui para limpar meu nome”, conta.

“Eu tenho 38 anos. Nunca vivi isso. Nunca vi uma violência dessas. Nunca perdi tanto sangue. Quase perdi a vida para separar a vida. Fazia dois meses que não saia na rua. Saí por 20 minutos, e vi a morte me abraçando. E hoje ainda estou sendo acusado”, desabafa.

Joaquim também garante que foi contada muita mentira sobre a noite em questão.”Vi muita mensagem dizendo que ele foi dando facada nos outros. Que foi correndo atrás de mim e me deu uma facada. Tem imagens. Lá dentro tem umas 12 câmeras. Fora também. É muita calúnia”.

Mesmo tendo sido uma das vítimas, Joaquim garante não sentir raiva. “Fico chateado porque eu nao esperava isso. Deu facada nos meus amigos. Mas não tenho raiva. É um menino trabalhados, alegre. É errado andar com canivete. Se eu sonhasse que ele estava com um canivete ou uma faca na cintura, eu nem teria ido”, encerra.

Confira a entrevista completa de Joaquim para o repórter Thathyanno Desa.

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