
Foram oito dias de extrema angústia para toda uma família, mas que terminou com um final feliz. Depois de uma investigação que contou com mais de 40 detetives e a participação ativa da comunidade brasileira, a jovem Julyana Almeida, que estava desaparecida desde o dia 11 de maio, na California, foi encontrada nesta semana.
Julyana estava em uma clínica, após ter sido presa, e não tinha como se comunicar com a família. A jovem, de apenas 20 anos, estava há pouco tempo na California, e conheceu, no hostel onde estava hospedada, um rapaz que é usuário de drogas. E ao experimentar também, acabou ocasionando tudo.
“Eu conheci esse amigo chamado Patrick. Ele usa drogas pesadas. Eu só uso maconha às vezes, mas ele usa outras drogas. E eu, por curiosidade de experimentar, usei metanfetamina, infelizmente. Depois que isso aconteceu eu enlouqueci, não sei o que aconteceu. Só sei que eu fui aparecer na casa do menino que eu gosto, chamado Mathew. Eu fui para a casa dele, nem perguntei se podia ir, na loucura tentei entrar, e chamaram para a polícia”, conta.
Julyana deixou o celular e o carro que alugou, um PT Cruiser, com Patrick, e até agora não sabe o paradeiro deles. E quando ia para a casa de Matthew, estava a pé e descalça, até que uma pessoa deu carona e comprou um sapato para ela. Mas ao chegar no prédio do rapaz, a recepção chamou a polícia e ela foi presa por invasão de propriedade privada.
Levada pela polícia de Los Angeles, ela dormiu na delegacia por 12 horas e foi levada para uma clínica. Após um dia lá, foi para outra clínica, onde ficou até ser entregue aos pais.
Neste meio tempo, os pais sofreram por não saber o que estava acontecendo com Julyana. Eles foram até os Estados Unidos, e por pouco não foram vítimas de um golpe, já que uma pessoa entrou em contato com o repórter investigativo Thathyanno Desa, e afirmou que a menina estava sequestrada e queria 7 mil dólares para liberá-la, mas ele identificou o esquema à tempo.
A mãe de Julyana, Viviane Vasconcelos, inclusive destacou a participação de Thathyanno no caso como fundamental para o desfecho positivo. “Quando você falou, ‘acredita em Deus e acredita em mim, tudo começou a desenrolar’, contou para ele, em entrevista.
Antes, porém, ela contou que não sabia em quem confiar, devido ao caso do falso sequestrador. “Eu estava muito nervosa. Descontrolada. No momento, a gente não consegue medir quem é bom e quem é ruim. Eu confiava muito no senhor. Mas quando falou que ia mandar alguém, pensei que ia mandar alguém para me roubar, para me raptar e eu não ia ver minha filha. Então vem viatura chegando, à paisana, e eu pensei que o senhor era um anjo que nos ajudou”, revelou.
Quando chegou até a clínica em que Julyana estava internada, outro susto. Ela não podia entrar, devido à pandemia do coronavírus, e o médico disse que ela ainda não havia sido liberada. “Eu tinha medo, como mãe. Eu pensei que se eu fosse embora, ela ia fugir, e que eu só ia sair da porta com a minha filha”, conta.
Thathyanno, mais uma vez, participou, traduzindo as informações para uma pessoa da clínica, que colocou mãe e filha em contato por telefone. “Aquele foi o melhor momento da minha vida, quando eu falei com a minha filha” revela.
Claramente exausta, por todo o sofrimento que passou, Viviane desabafou. “Eu não estou bem. Nem um pouco. Estou me controlando, tentando me manter de pé, para poder finalizar e sair do país. Tenho um bebê de 5 meses que eu estou amamentando, deixei meu filho lá. Tenho outra filha de 13 anos. Eu estava com uma filha desaparecida achando que ela estava morta, o mundo me falando que ela estava morta, mas não tem como eu estar bem”, disse, emocionada.
Viviane também agradeceu a todo o apoio que recebeu da comunidade brasileira. “Nunca imaginei que ia ter ajuda de tanta gente. Vi como as pessoas são unidas. Gente querendo fazer um mutirão de dinheiro para que eu pudesse me manter neste tempo. As pessoas me abraçaram e realmente me ajudaram, e eu estou muito agradecida”.
Após a entrevista, a polícia foi chamada devido ao descontrole da Julyana, que precisou ser levada ao hospital. Segundo os médicos, ainda há um pouco da droga no organismo da jovem. “Ainda está sob o efeito de droga. Essa droga por algum tempo ia ficar no organismo e ia ter surto psicótico”, contou Viviane.
Confira a entrevista completa de Julyana e Viviane para o repórter investigativo Thathyanno Desa
Não use drogas!!!
ESTA SENHORA VAI PRECISAR DE MUITA SORTE PORQUE ESTA GAROTA TEM REACOES DE UMA ADOLESCENTE IRRESPONSAVEL E QUE E ATRAIDA POR COISAS RUINS. ELA ESTA LEVANDO NADA DISSO A SERIO.ELA NAO RECONHECE O QUE FIZERAM POR ELA. EU SEI O QUE ESTOU DIZENDO.TIVE ESPERIENCIAS COM DEPENDENTE QUIMICO.