
Sara Furtado, a mãe do recém-nascido abandonado num caixote do lixo na zona de Santa Apolónia, em Lisboa, foi esta quarta-feira condenada a nove anos de prisão pelo crime de tentativa de homicídio qualificado.
De acordo com a RTP, o tribunal considerou que a arguida tinha intenção de pôr termo à vida do filho.
No julgamento, o Ministério Público (MP) tinha considerado que a arguida Sara Furtado, acusada de tentativa de homicídio qualificado, atuou de forma premeditada, tendo escondido a gravidez da família, do namorado e de outros sem-abrigo que, como ela, viviam em tendas junto a uma discoteca em Santa Apolónia.
Em 7 de outubro, o MP pediu “uma pena de prisão não inferior a 12 anos”, alegando que, depois de ter sido encontrado o bebé, a arguida “não quis saber” e “não demonstrou qualquer arrependimento”.
Segundo o MP, a arguida tem uma personalidade “desconforme”, não tendo demonstrado pena pela situação, mas a confissão dos factos e o fator idade (22 anos) deviam ser levados em conta pelo tribunal.
A morte de criança, sublinhou em tribunal, só não se verificou por “mera casualidade”.
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