Caso Lídia Borges: Amiga se recusa a repassar o dinheiro de vaquinha para a família da jovem assassinada

Não bastasse o sofrimento de perder uma filha, uma irmã, uma amiga, familiares e amigos de Lídia Lúcia Borges, morta pelo ex-namorado em South San Francisco, em dezembro, ainda sofrem para poder pagar o translado do corpo dela de volta ao Brasil. Isso porque Andressa Moraes, que dividia casa com Lídia, e que organizou uma vaquinha no GoFundMe, se nega a entregar o dinheiro arrecadado.

A campanha arrecadou aproximadamente 16 mil dólares, valor que seria destinado para os custos da funerária e do translado até o Brasil.

A irmã de Lídia, Leidiane, gravou um vídeo em que conta a situação. “Estamos tendo um problema. Foi feita uma vaquinha para angariar fundos e subsidiar essas despesas, que são muito altas. Só que eu não tive acesso a esse valor. O problema é que a moça me disse que não vai repassar o valor. Disse que quando criou a conta, foi com o intuito de pagar a funerária, mas eu não poderia ficar sentada esperando o dinheiro aparecer. E eu conheci uma pessoa chamada Janine, que é de um programa de ajuda a vítimas da Califórnia. E ela se dispôs a nos ajudar, tanto em ajuda psicológica, quanto financeira. Que vai ser importante para pagar parte da funerária. Só que a moça [Andressa] me disse que como ela fez a vaquinha para pagar a funerária, e eu já consegui o dinheiro que paga parte da funerária, disse que eu não preciso e vai devolver o dinheiro. Mas eu expliquei que não é só a funerária. A funerária fica em torno de 9 mil dólares. Tem a funerária aqui e a funerária do Brasil. Tem que pagar para buscar o corpo da minha irmã em BH até Caldas. Tem o velório em Caldas. O sepulcro no cemitério. Despesa do envio da mudança da minha irmã. Tudo pago em dólar. Até as despesas aqui. E a gente não tem essa condição”, contou.

A irmã de Lídia também desabafou sobre a maneira como encontrou o quarto. “As ‘amigas’ da minha irmã, desmancharam o quarto da minha irmã. Eu cheguei e encontrei as coisas da minha irmã dentro de caixas. Os móveis tinham sido doados. E isso me machucou muito. Não pude ver o quartinho dela montado. Me tiraram isso, e eu não perdoo, porque elas não tinham o direito de fazer isso. Fazia dois anos e meio que eu não via a minha irmã. Minha mãe não vê ela há dois anos e meio e agora vai ver ela em um caixão”, desabafa.

A redação do Globe News USA tentou o contato com Andressa, que não se manifestou até o momento.

Nesta quinta-feira, o repórter investigativo Thathyanno Desa irá entrevistar a irmã de Lídia, a partir das 19h.

Confira a entrevista do repórter investigativo Thathyanno Desa com Andressa Moraes

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*