
Nos últimos tempos, infelizmente, o Globe News USA noticiou a morte de pessoas da comunidade brasileira nos Estados Unidos. E além da dor de perder um ente querido, os familiares sofrem com as dificuldades, seja para realizar um funeral ou para enviar o corpo de volta ao Brasil. E para oferecer uma ajuda à comunidade, o repórter investigativo Thathyanno Desa recebeu, no programa Lado a Lado com a verdade, Paul Buonfiglio, que é dono de uma funerária. Paul explicou um pouco do trabalho.
E segundo ele, mesmo com as dificuldades, é necessário planejamento. “Nesse mês de dezembro, tivemos infelizmente vários casos dentro da comunidade brasileira onde houve perda de pessoas que moram aqui e precisam de mais informações. Eu acredito que os problemas principais neste caso são dois. O primeiro são os planos, porque normalmente não se planeja esse tipo de situação, e é preciso se planejar. Outra coisa importante é a forma de comunicação, principalmente pelo idioma. Hoje, eu gostaria de deixar um dica a todos vocês. Conversem com os familiares, digam o que tem de desejo. Se por acaso esse momento vier a acontecer. É inevitável, não é um assunto que gostamos de falar, mas é inevitável. É preciso expressar o que gostaria se por ventura, isso vier a acontecer”, contou.
Thathyanno citou a dificuldade que a comunidade tem, já que muitas funerárias não têm respeito, e que buscou Paul para ser uma pessoa de confiança. O dono da funerária, por sua vez, explicou que nos últimos anos, lidou com famílias que tiveram a fatalidade de perder entes no país e que tinham o desejo que os corpos fossem enviados ao Brasil.
O repórter investigativo também pediu uma ajuda à comunidade, na questão dos preços cobrados. “Estou muito agradecido e honrado por ter me escolhido para fazer parte da comunidade brasileira neste tema. Concordo na parte financeira e temos vários planos para acomodar qualquer tipo de família. Enviar um corpo para o Brasil não é um processo barato. Mas estou disposto a fazer de tudo para ajudar as famílias que vierem a procurar neste momento de dificuldade”, contou.
Para que as pessoas possam se preparar, Paul contou que em Massachusetts, existe uma lei que é obrigatório que qualquer poupança funerária precisa ir para uma conta específica, que é utilizada em uma carta de crédito de um seguro de vida. “Faz pagamentos mensais até 3 anos do valor total que gastaria, dentro deste período, o dinheiro fica dentro da poupança. Nem a funerária e nem a empresa de seguro tem acesso ao dinheiro. E se precisar mudar de estado, pode mudar a empresa e a funerária que vai fazer o sistema, pode ser uma funerária mais próxima. Infelizmente, não é possível transferir o fundo para outra pessoa, porque o intuito é a segurança do indivíduo que fez a apólice. É feito em cima do nome da pessoa e do social. É impossível aferir para outra pessoa, apenas para quem contratou”, explicou.
Paul também afirmou, que nos casos de morte, quando a opção é enviar o corpo ao Brasil, ele se responsabiliza em fazer todos os trâmites com o consulado e a documentação para o processo. Também prometeu um preço justo, dizendo que não pode passar um valor especifico, pois depende do processo e para onde vai o corpo, mas disse que cobre qualquer outra oferta e vai tratar com dignidade e carinho. “Algo que jamais aconteceria era passar um valor do processo, e depois dar outro. Falar em 7 mil dólares e depois dizer que é 11. Sempre é sempre explicado todas as etapas, e do início ao final, o preço é garantido”, completou Paul cuja empresa é familiar.
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