
No último dia 5 de fevereiro, a brasileira Daiana recebeu uma notícia que lhe tirou o chão. Ela, que está grávida, estava no trabalho, quando foi avisada que o marido havia sido preso por terrorista. Segundo a polícia, Douglas havia mandado um e-mail, ameaçando matar pessoas em um supermercado. Mas ela garante a inocência dele.
“Meu marido não tem coragem de matar uma galinha, uma formiga. É pastor. Muito conhecido no Brasil. O que me deixa tranquila, é que eu conheço o caráter do meu marido. É muito calmo. Essas acusações não tem provas. No dia 5, foi preso no estacionamento da minha casa. Tinha deixado o meu filho na babá e estacionou o carro lá em casa e foi preso. No dia 8 de fevereiro tinha uma corte marcada. E foi adiada para o dia 11. No dia 11, o advogado não compareceu. Por esse motivo, a corte dele foi adiada para a semana que vem. No dia 11 eu fui internada, fui para o hospital com um sangramento interno porque eu estou grávida. E passei pelo vale da sombra e da morte e o Senhor passou comigo dentro do hospital. Eu fui informada que ei estava sendo expulsa do meu apartamento. Porque o caso saiu em jornais e iria prejudicar a imagem do condomínio. Hoje eu tenho um filho de cinco anos. Tenho um marido que foi preso injustamente. Mas tenho uma nação que fala por ele. Tenho testemunhas que falam por ele. Ele não é essa pessoa que estão falando”, afirma Daiana.
Ela conta que o marido foi preso, acusado de enviar um e-mail prometendo atirar em pessoas. O caso começou após ele alugar uma conta do Instacart. “Ele alugou uma conta de aplicativo da Instacart, porque ficou desempregado. E com uma mulher grávida e um filho, oferecem essa conta alugada em um grupo do WhatsApp. 45 dólares pelo aluguel dessa conta. Ele usou o app durante três dias. Segunda, terça e quarta. Na quinta-feira, ele fez uma compra, e essa conta foi bloqueada. Não tinha como levar a compra para o cliente, porque a conta foi cancelada. Então pediu a informação no chat do endereço do cliente, e disseram que não precisava, que ele poderia fazer uma doação ou ficar com a compra para ele. Ele não enviou e-mail. Ele mandou uma mensagem no chat do próprio aplicativo, afirmando que a conta havia sido bloqueada e que ele precisava do endereço para enviar a compra. Quem tem acesso ao e-mail é o dono da conta”, diz.
“Os dois celulares estão na polícia. Já falei que o meu celular esta aberto para investigação. Mas eles dizem que o e-mail não foi enviado do celular dele. E não foi enviado do e-mail dele. Disseram que foi enviado usando a internet da minha casa, que qualquer um pode ter acesso. No celular dele não tem provas contra ele. No meu não tem provas. Eles entraram na minha casa, procurando tudo e não acharam nada que pudesse incriminar ele. O que me tranquiliza, é saber do caráter dele. Se eu duvidasse, não estaria aqui dando a minha cara a tapa. E temos provas que ele é um homem honesto. Não tem provas concretas contra ele, e não foi enviado esse e-mail. Nem do meu celular e nem do dele. E não temos computador para enviar. Quem tem acesso a e-mail é o dono do aplicativo. Quando aluga uma conta, nem acesso ao e-mail tem”, revela.
O repórter investigativo Thathyanno Desa perguntou pelo dono da conta. Daiane disse que não teve contato com essa pessoa, e essa informação está em segredo de justiça.
Em seguida, Thathyanno perguntou o que ele estava pensando para alugar uma conta. Se ele entendia o que estava fazendo. “Não, para nós, a maioria é novo. Foi uma indicação que ele recebeu. Encontrou esse rapaz num grupo de emprego no WhatsApp. Ele não viu como se fosse um crime. Nós não sabíamos que era. Diante dessa situação que estamos vivendo, com aluguel atrasado, gravidez e tudo mais, e surgiu essa oportunidade, nós fizemos, mas sem maldade. Muitos brasileiros fazem isso. Se chega num país, não fala a língua, você recebe uma indicação e faz”.
“Quero pedir a comunidade brasileira, que possa orar por nós. Quem puder, que poste a hashtag PastorDouglasInocente. Quem puder doar, que por favor nos doe, pois estamos precisando. Quem não puder doar, mas que possa orar, que possa compartilhar. Nos ajuda muito”, completou Daiana que está morando de favor, acolhida por uma prima. Ela aceita doações, principalmente de roupas para os filhos.
Quem quiser ajudar, pode entrar em contato pelo número 774-615-6799.
Confira a entrevista completa:
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