
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) anunciou, na segunda-feira (14/6), ter suspendido a importação de cães de 113 países, incluindo o Brasil.
A medida foi instituída com o objetivo de controlar o número de cães infectados que chegam ao país, parcela que aumentou desde 2019. Segundo o órgão, muitos animais desembarcam com certificados falsos de proteção contra a zoonose.
Quando constatado que o cão está infectado, ele fica isolado até que possa ser transportado para seu país de origem, o que pode demorar com a diminuição no número de voos durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo o anúncio, a estimativa do Centro é de que 6% dos cães que chegam ao país vêm de países com alto risco de raiva canina. O órgão afirmou que pode haver exceções, analisadas individualmente, e sem direito a recurso.
Além disso, a covid-19 fez com que muitos países suspendessem os programas de imunização canina. “Dado o impacto que a covid teve nesses programas de vacinação em todo o mundo, não temos certeza de como será o nosso panorama da raiva no futuro”, afirmou Pieracci.
A raiva foi erradicada dos Estados Unidos em 2007, mas ainda há casos no Brasil.
Apesar das campanhas de vacinação, este ano um cachorro morreu da zoonose em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O caso foi o primeiro em 26 anos na cidade.
No Brasil, onde também há vacinação disponível, alguns casos ainda são notificados. Um deles foi registrado em 2021, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando o cachorro de uma família morreu por conta da zoonose.
Foi o primeiro caso de raiva animal no Rio de Janeiro nos últimos 26 anos.
A doença pode ser transmitida por cães, gatos e morcegos infectados.
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