Frente a frente com Thathyanno Desa, Mara Palmieri explica as fake news

Uma história que começou com uma publicação de fake news. Mas termina do jeito que deveria. Em paz, reconhecendo os erros e com um pedido de desculpas. Assim foi a live que o repórter investigativo Thathyanno Desa organizou com Mara Palmieri no programa Lado a Lado com a Verdade, na noite de terça-feira.

O caso começou nas últimas semanas, quando Thathyanno fez uma crítica a uma série de matérias que Mara, dona de jornal em Bridgeport (Connecticut) fez contra Gélia Pinto. Mara, então, contra-atacou com uma nota de repúdio, onde colocou junto o link de um site calunioso contra o repórter investigativo, que por sua vez, fez um novo vídeo, para contrapor as mentiras do site.

Thathyanno então concedeu a Mara o direito de resposta e a chance de explicar as coisas que haviam dito. E o primeiro assunto abordado foi o caso de Gélia Pinto. “Tudo começa numa matéria que a senhora escreveu sobre a Gélia Pinto, uma mãe solteira que perdeu o apartamento duas vezes por falta de pagamento. Eu averiguei que tinha matérias anteriores e descubro que a senhora fez matéria quando ela volta na cidade, a senhora traz a matéria de novo. A senhora acha que a matéria era necessária ou será que deveria ter tido uma campanha para ajudar a mãe?”, questionou.

Mara disse que a história não foi assim, e que Gélia não seria uma vítima. “Se fosse basear em uma pobre mãe que não conseguiu pagar o aluguel, a gente fazia uma campanha. Mas essa não era a história. O brasileiro é muito esperto. Ela nunca foi minha funcionária. Eu fiz uma matéria para ajudar ela sobre um business que ela está começando, que é vender barra de aço, que ela não entende nada. E quem fez matéria fui eu. Ela nunca foi colunista. Foi vendedora. Vendeu por uma semana. Ela falou: ‘estou precisando de dinheiro’, e eu falei: ‘então vende’. O anúncios que ela foi vender em uma semana, ela fez confusão. E eu tenho provas. Mas porque eu pus ela no jornal? Ela morou dois anos sem pagar, depois arrumou outro apartamento e não pagou. Depois pegou um carro e não pagou? Isso é necessidade ou é malandragem? O seu Alfredo, que vendeu o carro para ela, só descobriu que ela estava aqui quando ela bateu em um outro carro, com uma faxineira, e saiu correndo, deixando a moça sozinha. Ela já me usou. Eu nunca imaginei… Eu soube desse lance das casas, quando viram na matéria o rosto dela no jornal”, conta.

Thathyanno então questiona sobre o link com o site de fake news, e ela admite não ter lido. “Me mandaram o link. Eu estava com tanta raiva quando você xingou meu jornal. Eu estava tão magoada. Eu já tinha até escrito uma nota sua te elogiado. Mas fiquei tão chateada. Não te conheço, mas fiquei muito irritada. E neste nervosismo, as pessoas começaram a falar de você. As pessoas gostam de mim, conhecem o meu trabalho e me mandaram o link. Eu peço muito desculpa por ter colocado aquele site que me mandaram. Eu nem li”.

Ela conta que quem mandou o link foi um homem chamado Marcelo Alex da Silva, de Boston, que mandou um e-mail para dizer que Thathyanno não era tão honesto, e que se ela fizesse uma pesquisa na internet, veria um site que fala sobre, e mandou o site. “Liguei pra ele no sábado, ele estava indo para Miami e disse estou sabendo do problema comigo e do Thathyanno e não respondeu”.

Thathyanno, então, aproveitou para desmentir algumas fake news, como ser policial, corrupto e ter aceitado uma moto de 1,6 milhão de dólares.

“Eu nunca tive moto na minha vida. Comprei essa moto por 2,5 mil dólares e a minha esposa na época brigou muito comigo por causa dessa moto. Ela não aceitava eu estar de moto. E assim que eu coloquei na garagem, a chave sumiu. Eu arrumei uma pessoa pra fazer a chave, ele foi na minha garagem. O cara era evangélico e encheu a minha cabeça. E eu falei que se eu fizesse o teste e não passasse, venderia por qualquer valor. Fiz o teste duas vezes no mesmo dia a não passei. Sempre passei de primeira. E nesse eu não passei. Voltei no Master Used Car, em Sommerville, e vendi pelo valor de mil dólares. Nunca usei, nunca registrei. E desafio qualquer um a provar que eu tive uma moto. E nunca fui policial. Para ser policial corrupto, eu teria que pelo menos ser policial. Eu nunca fui. Eu fui oficial de Justiça e trabalho com outras empresas. Nunca recebi suborno”, revela.

Thathyanno também falou sobre a necessidade de averiguar as informações. “Uma mulher chamada Rogéria Santana, de Nova York, entrou em contato comigo, me passou várias informações da dona Mara, e quando descobriu que dona Mara ia me dar entrevista…”

“É constrangedor. Eu conheci ela há 11 anos, quando trabalhava no Brazilian Times. Ontem, de repente ela me ligou depois de oito meses. disse que ficou com raiva de mim, que tinha ciúme de mim, que orou muito quando eu estava doente, que eu desconfiasse desse Thathyanno, que esse cara procurou ela, que esse cara queria atrapalhar minha vida. Neste momento, Thathyanno me liga. Eu falei: ‘a Rogéria está aqui abismada com o que você esta fazendo comigo, e eu estava acreditando nela. Aí o Thathyanno me ensinou a colocar outra pessoa na linha, e ele ficou na linha com ela metendo a lenha. Falando de mim. Quando ele falou, ela disse que o telefone estava grampeado, que era para chamar a policia para esse cara. Aí que o Thathyanno começou a me mostrar que foi ela que ligou para ele, tudo que ela falou a meu respeito. Que eu bati em uma mulher, que eu fiz um barraco. Ele ligou para o lugar e confirmaram que isso nunca aconteceu”, conta Mara.

Ela também falou sobre a acusação de ser viciada em cocaína e revelou que isso ocorreu no passado, mas que hoje vive longe da droga. “Eu mexi sim. Mas consegui sair, com a ajuda da minha família. Graças a Deus. Mas tem que vigiar. Para eu sair dessa… Tem que tomar conta dos filhos, dos netos e parar de falar de mim. Eu vivi essa fase. quando eu era casada e apanhava. E eu entrei na droga. Droga não é vagabundice. É doença”.

Confira a entrevista completa:

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