
Furacão em New Jersey. Um desastre que não acontecia desde 1915. E entre tantas pessoas, também, causou danos irreversíveis a uma brasileira. Além do prejuízo, já que a casa foi inundada, a carioca Nanda Teixeira perdeu os animais de estimação. Hoje, comenta a tragédia.
“Uma situação que nunca poderia imaginar na vida. Furacão parecia uma coisa totalmente distante. Hoje estou em um hotel, e é uma readaptacão. Uma nova vida. É muito difícil ficar com a roupa do corpo praticamente. Sou personal shopper, estava com muito material de cliente. Ia mandar as coisas no dia seguinte, já estava tudo embalado. É muito complicado sair de casa para uma pizza e voltar duas horas depois e não ter mais casa, não ter mais os bichinhos. Um já estava comigo há 15 anos. Foi uma dificuldade para trazer para cá. Outro foi adotado. Um nasceu depois. Eles eram a minha família aqui. Além do meu trabalho. Eu trabalhava em casa. Tinha toda a estrutura, impressora, balança… minha vida virou em 180 graus de uma forma que nunca pensei. Foi bem difícil”, contou a GNews USA WebTV.
“Eu moro em um condado onde houve várias mortes. Minha vizinhança nunca viu isso. Tem gente que mora há mais de 60 anos lá e nunca viu nada parecido. Inclusive meus vizinhos tiveram perda total dos carros. Nunca subiu a agua como subiu, de inundar carro e casa. Era uma chuva forte, que a gente estava esperando inclusive. Foi muito rápido. Em Nova York não encheu tanto, mas onde eu estava foi muito rápido. Praticamente não deu tempo de tirar nada”, destaca.
Nanda conta que alertas de tornado são comuns, e que eles já estão até acostumados. Mas não da maneira como foi. “Chuva, tornado, as pessoas lidam bem com isso. Mas um furacão, ninguém nunca esperaria. E no meu caso, talvez tenha sido a minha sorte, porque se eu estivesse em casa, talvez nao tivesse tempo de sair. Infelizmente meus animais, eu nunca pensei que poderiam morrer desta forma. Era calopsita, papagaio. Eles iriam voar. Mas a água foi até o teto. A casa virou um aquário. Eu penso que se eu estivesse em casa, eu poderia ter salvado eles. Mas eu também poderia ter morrido. Eu tenho que trabalhar na minha cabeça que eu não tive culpa, que eu não poderia fazer nada”, revela.
Jornalista por formação, Nanda foi morar nos Estados Unidos em busca de uma mudança de vida. “Morava no Rio de Janeiro. Trabalhava em TV. Já vinha para passear, e numa dessas vindas eu conheci meu ex-marido. Me apaixonei. Nem sabia que ele era americano, morou a vida inteira no Brasil. Conheci como um brasileiro que estava estava aqui. A gente até separou um tempo por causa da distância. Respirei fundo, vim encarar um casamento aqui. E quando cheguei, resolvi começar uma vida nova. Disseram para eu ter uma lojinha. Mas eu fiz um curso de personal shopper, que compra o que a pessoa quer e ela manda para a pessoa. Comecei a trabalhar, e a coisa deslanchou. Meu casamento não deu certo. A gente decidiu que não queria mais. Comecei uma vida nova, sozinha nos Estados Unidos. Em meio à pandemia. Recomecei. estava com a minha vidinha já reorganizada. E veio esse susto para recomeçar muito novamente”, completa Nanda.
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