Relatório das Forças Armadas não descarta fraude nas urnas eletrônicas

As Forças Armadas divulgou na quarta-feira (9), o relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a fiscalização do sistema eletrônico de votação, a urna eletrônica. O assunto foi o mais comentado no Brasil, mas também deixou dúvidas em muitas pessoas. E para esclarecer a situação, o próprio Ministério da Defesa se manifestou sobre a situação.

O Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado fraude, também não descarta a possibilidade de que tenha ocorrido alguma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.

O relatório indicou também, importantes aspectos que precisam de esclarecimentos, como um possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte; se os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e se houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

Na nota, o Ministério da Defesa afirmou que em consequência dessas constatações e de outros casos elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento.

Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

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