
O Papa Francisco criticou em seu discurso em Budapeste, na Hungria nesta sexta-feira (28) a “beligerância adolescente” que trouxe a guerra de volta à Europa e afirmou que o continente deveria recuperar o espírito fundador de unidade pacífica para enfrentar o conflito na Ucrânia.
O chefe supremo da Igreja católica, em discurso, delineou uma visão de futuro para a Europa e exigiu que a união europeia aprovasse formas seguras e legais de entrada de imigrantes para que o governo húngaro não tornasse a Europa “refém” de demandas populistas.
Papa afirma em declarações “Parece que estamos testemunhando o triste pôr do sol daquele sonho coral de paz, enquanto os solistas da guerra agora assumem o controle”.
“Nesta conjuntura histórica, a Europa é crucial. É chamada a assumir o seu papel próprio, que é unir os distantes, acolher os outros povos e recusar-se a considerar alguém um inimigo eterno.” Completou Francisco.

Francisco também não perdeu a oportunidade de repetir o pedido de uma solução pacífica para a guerra, expressando solidariedade ao povo ucraniano – mesmo que sua viagem à Hungria o tenha trazido para mais perto da linha de frente.
Para impedir a entrada de refugiados da Sérvia, a Hungria chegou a criar em 2015 uma cerca de arame farpado na fronteira entre os países. Agora, o papa afirmou que acabou o momento de “desculpas e atrasos” da Europa em relação à crise de imigração que faz pessoas arriscarem a própria vida.
Amanhã (29) o Papa se reunirá com 35 mil refugiados ucranianos que permanecem na Hungria. Ao todo, quase 2,5 milhões de imigrantes entraram no país desde o início da invasão russa.
Em seu discurso nesta sexta-feira (28) ele aproveitou para expressar gratidão pela recepção dos ucranianos pelo país, no entanto, suas opiniões sobre acolher todas as pessoas que fogem de conflitos contrastam com a linha dura de Orban em relação à imigração.
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