Dois de seus principais advogados abandonam Trump 1 dia após ele ser indiciado nas ações que o acusam de reter documentos confidenciais da Casa Branca. O anúncio aconteceu, nesta sexta-feira (9) “Esta manhã, apresentamos nossas renúncias como advogados do presidente Trump e não o representaremos mais no caso indiciado ou na investigação de 6 de janeiro”, afirmam os advogados Jim Trusty e John Rowley, em declaração conjunta.
“Foi uma honra ter passado o ano passado defendendo-o e sabemos que ele será justificado em sua batalha contra o armamento partidário do sistema de justiça americano pelo governo Biden”.
“Agora que o caso foi arquivado em Miami, este é um momento lógico para nos afastarmos e deixar que outros levem os casos até a conclusão”, acrescentaram. “Não temos planos de fazer aparições na mídia que abordem nossas retiradas ou qualquer outra comunicação confidencial que tivemos com o presidente ou sua equipe jurídica” Trusty e Rowley não divulgaram os motivos de terem deixado o cargo.
Pelas redes sociais, Trump disse que será representando pelo advogado Todd Blanche. Na terça-feira (13), o ex-presidente norte-americano deve comparecer a um tribunal federal em Miami para ouvir formalmente de um juiz que virou réu no caso e as sete acusações contra ele.
“Tenho que enfrentar a maior caça às bruxas de todos os tempos”, disparou Trump. Por fim, ele agradeceu Trusty e Rowley por seu trabalho, mas enfatizou que eles “colidiram com pessoas desonestas, corruptas e más, como nunca visto”.
Trump é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a virar réu em um processo, e é acusado no momento em que pesquisas o apontam como favorito para concorrer às eleições presidenciais dos EUA de 2024 pelo Partido Republicano.
Os casos de Trump serão acompanhadas pela juíza Aileen Cannon, ela é conhecida por ter julgado outras acusações sobre o ex-presidente em 2022 e ter dado voto favorável ao político.
O novo advogado de Trump, Todd Blanche, já está ambientado com o clima de polêmicas, uma vez que acompanha uma outra acusação na Suprema Corte de Manhattan. Nela, o republicano também é réu por suspeita de falsificar registros comerciais relacionados a um um pagamento clandestino à estrela pornô Stormy Daniels pouco antes da eleição presidencial de 2016.
No total, Trump é alvo de 37 acusações, que incluem “retenção de informação sobre a segurança nacional” e “obstrução da justiça” no caso dos documentos sigilosos levados da Casa Branca, segundo a ata de acusação, divulgada nesta sexta-feira (9).
O ex-presidente republicano, que levou caixas com arquivos quando deixou Washington, também é acusado de falso testemunho e de ter combinado com seu assistente, Walt Nauta, a ocultação dos documentos solicitados pela Polícia Federal.
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