Defesa do ex-presidente Bolsonaro afirma que ele ‘Jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado’.

Foto 1º.jan.2023 - O ex-presidente Jair Bolsonaro recebe apoiadores em condomínio na região de Orlando (EUA)

Após repercussão sobre mensagens de possível golpe de estado encontrado pela Polícia Federal em celular de tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro a defesa afirma que Bolsonaro ‘Jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado’.

A nota dos advogados do ex-presidente, Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore afirmam que celular tenente-coronel Mauro Cid serviu várias vezes como “caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações” e que o ajudante de ordens Mauro Cid, “pela função exercida”, recebia as demandas (pedidos de agendamento, recados, entre outros) que deveriam chegar ao conhecimento do presidente da República.

Como a Polícia Federal teve acesso as mensagens?

O ex-ajudante de ordens foi preso na operação que investiga fraude em cartões de vacina de Bolsonaro e auxiliares, e teve o celular apreendido pela Polícia Federal na ação.

O que dizia as mensagens encontradas?

Mauro Cid foi cobrado por membros das Forças Armadas para convencer Bolsonaro a seguir com um golpe de Estado, após a vitória de Lula nas eleições do ano passado. Grande parte das mensagens reveladas foi escrita pelo coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, ao longo de dezembro do ano passado.

Veja trechos das mensagens

“Convença o 01 a salvar esse país!” Disse Jean Lawand Junior, em referência a Bolsonaro.

Cid, pelo amor de Deus, o homem [Bolsonaro] tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem. Jean Lawand Junior

 Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, caraafirmou Lawand Junior em um áudio a Cid, em 1º de dezembro de 2022.

Cid respondeu: “Mas o PR [Presidente da República] não pode dar uma ordem… se ele não confia no ACE”. A sigla ACE é uma referência ao Alto Comando do Exército.

“De moto [sic] próprio o EB nada vai fazer porque será visto como golpe. Então, está nas mãos do PR [presidente]”. Mensagem encaminhada por Lawand, supostamente escrita por um amigo do Exército.

A última troca de mensagens entre os dois ocorreu no dia 21 de dezembro de 2022. Jean Lawand Junior escreveu: “Soube agora que não vai sair nada. Decepção irmão. Entregamos o país aos bandidos”.

Cid respondeu: “Infelizmente”.

Por não haver a presença direta do ex-presidente nos grupos de conversa, os advogados alegam, ainda, que os diálogos “comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe”.

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Sobre Camila Fernandes / CEO-Brasil 615 Artigos
Jornalista, ela traz consigo uma rica bagagem de experiência e conhecimento no campo da comunicação. Sua dedicação à profissão a consolidou como uma profissional de destaque, cuja paixão pela verdade e pela narrativa precisa a define. Além de suas realizações no jornalismo, Camila também é a CEO da agência de marketing Authentic Media. Seu papel como líder empresarial destaca-se pela capacidade de combinar visão estratégica e criatividade, impulsionando sua agência para o sucesso. Formada em marketing Digital, atualmente Graduanda em Publicidade e Propaganda, ela continua a se aprimorar academicamente, mantendo-se atualizada com as últimas tendências e inovações no mundo da comunicação e do marketing. E desde 2023 faz parte do time de jornalistas do Gnewsusa. Adicionalmente, é importante ressaltar que Camila Fernandes desempenha o papel de CEO-Brasil no Jornal GnewsUSA, reforçando sua presença e influência no cenário da comunicação e do jornalismo.

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