Suprema Corte dos EUA restringe programas de cotas raciais das Universidades

A decisão foi tomada nesta quinta-feira (29), a suprema corte dos EUA derrubou uma jurisprudência de 1978 que permitia a adoção de cotas raciais em universidades públicas e privadas no país. Por 6 votos a 3, com os juízes de orientação conservadora votando de maneira conjunta, a Corte acatou um recurso contrário aos programas de cotas das Universidades da Carolina do Norte e de Harvard.

Surema Corte dos Estados Unidos derruba jurisprudência de 1978 que permitia a adoção de cotas raciais em universidades publicas e privadas no país
Surema Corte dos Estados Unidos derruba jurisprudência de 1978 que permitia a adoção de cotas raciais em universidades publicas e privadas no país

A decisão deve restringir o acesso de minorias raciais como negros e latinos a universidades americanas e obrigar escolas a revisitar suas práticas de admissão. Segundo analistas, a médio prazo, a medida pode também complicar os esforços de diversidade em outros lugares, diminuindo a oferta de candidatos de minorias a vagas de emprego e, no limite, desencorajando que empresas também adotem práticas afirmativas de contratação.

De forma mais ampla, a decisão foi o mais recente exemplo de que a maioria conservadora do tribunal, obtida depois de o então presidente Donald Trump nomear 3 juízes para a Corte durante seu mandato, continua a se mover em ritmo acelerado para derrubar décadas de jurisprudência e redefinir aspectos da vida americana em questões controvertidas como aborto, armas e agora raça — tudo no espaço de um ano.

O chefe de justiça John Roberts foi o relator do voto acompanhado pela maioria conservadora da Suprema Corte.

“Os programas de admissão de Harvard e da Universidades da Carolina do Norte (UNC, na sigla em inglês) não podem ser conciliados com as garantias da cláusula de proteção igualitária”, escreveu o juiz John Roberts Jr pela maioria. “Ambos os programas carecem de objetivos suficientemente focados e mensuráveis que justifiquem o uso da raça, inevitavelmente empregam a raça de maneira negativa, envolvem estereótipos raciais e carecem de pontos finais significativos.”

Mas ele acrescentou que “nada neste parecer deve ser interpretado como proibindo as universidades de considerar a discussão de um candidato sobre como a raça afetou sua vida, seja por discriminação, inspiração ou de outra forma”. O juiz Clarence Thomas, o segundo juiz negro do país que há muito pede o fim da ação afirmativa, escreveu separadamente que a decisão “ as políticas de admissão das universidades pelo que elas são: preferências baseadas em raça e sem rumo, projetadas para garantir uma mistura racial específica em suas classes iniciais.”

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Sobre Camila Fernandes / CEO-Brasil 615 Artigos
Jornalista, ela traz consigo uma rica bagagem de experiência e conhecimento no campo da comunicação. Sua dedicação à profissão a consolidou como uma profissional de destaque, cuja paixão pela verdade e pela narrativa precisa a define. Além de suas realizações no jornalismo, Camila também é a CEO da agência de marketing Authentic Media. Seu papel como líder empresarial destaca-se pela capacidade de combinar visão estratégica e criatividade, impulsionando sua agência para o sucesso. Formada em marketing Digital, atualmente Graduanda em Publicidade e Propaganda, ela continua a se aprimorar academicamente, mantendo-se atualizada com as últimas tendências e inovações no mundo da comunicação e do marketing. E desde 2023 faz parte do time de jornalistas do Gnewsusa. Adicionalmente, é importante ressaltar que Camila Fernandes desempenha o papel de CEO-Brasil no Jornal GnewsUSA, reforçando sua presença e influência no cenário da comunicação e do jornalismo.

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