
Alex Vieira, nasceu no Brasil em 1990, ele conta que teve uma infância difícil, seu pai o deixou com sua mãe e seu irmão e viajou para a América quando ele ainda era um bebê e tinha apenas 6 meses, um ano após seu pai viajar, sua mãe também resolveu imigrar para América para trabalhar e a procura de uma vida melhor, e nesse período deixou Alex com 1 ano e 6 meses e seu irmão Bruno morando no Brasil. Ele conta que viveu no Brasil até completar 7 anos, Alex afirma que o tempo que viveu em seu país de origem não frequentou escolas e teve uma infância sem nenhuma estrutura familiar.
Ao completar 7 anos seus pais resolveram levar Alex e seu irmão Bruno para viver com eles nos EUA, segundo ele ao encontrar seus pais no aeroporto não os reconheceu, por viver muitos anos longe dos pais.
Alex relata que chegou à América em 1996 e enfrentou uma infância e adolescência extremamente difíceis. Ele enfrentou diversos desafios, como a adaptação à nova língua, aos costumes, à adaptação com os pais e à adaptação escolar, uma vez que, no Brasil, nunca havia frequentado uma escola. A situação era bastante diferente da atual, pois não havia um número significativo de brasileiros no país, o que dificultava ainda mais a sua comunicação e adaptação. Apesar das dificuldades, Alex não desistiu e se dedicou para aprender a nova língua. Em dois anos, já estava falando a nova língua de forma fluente.
Alex conta que seus pais trabalhavam em uma companhia de limpeza e, muitas vezes, precisavam levá-los para o trabalho, uma vez que não tinham com quem deixá-los.
“Em algumas noites, tive que sair com minha mãe e meu pai, quando os canos do esgoto estouravam e eles precisavam ir até lá limpar. Naquela época, eu, ainda criança, ajudava entregando ferramentas e pegando sacos de lixo. Eles não nos permitiam trabalhar de maneira direta, mas tinham que nos levar ao local de trabalho, já que não tinham com quem nos deixar”.
Segundo Alex nessa época a situação financeira da sua família não era das melhores, eles moraram por algum tempo em 1 quarto, onde dormiam Alex e seu irmão Bruno em um beliche e seus pais em uma cama de casal, até que seus pais conseguiram com muito esforço alugar um apartamento com 2 quartos.
“Naquela época era muito difícil viver na América como imigrante, depois de muito tempo, meu pai resolveu montar a própria companhia dele de construção e pintura, e foi aí que nossa situação financeira melhorou”.
Alex conta que todo o sacrifício de seus pais se tornou um combustível. Ele começou a estudar, e assim nasceu a paixão pela vida policial. Ele conta que, mesmo contra a vontade de seu pai, chegou a servir no exército americano por um tempo. “Meu pai queria que eu trabalhasse na companhia dele, e não concordava que eu fosse para o exército”.
Alex trabalhava em um lava a jato, chegou a ser gerente, mas sabia que isso não o levaria a níveis mais elevados. Então, deixou o emprego e começou a se dedicar inteiramente para ingressar no exército. Ele disse que, naquela época, estava acima do peso e precisou enfrentar diversos desafios até atingir o peso ideal para ingressar nas Forças Armadas.
“Comecei a acordar todos os dias às 5 da manhã, corria 3 milhas na praia e comia apenas três saladas do McDonald diariamente, cheguei a desmaiar algumas vezes. E três meses depois, finalmente, eu estava preparado para entrar no exército”.
Alex serviu o exército por um período e conta que passou por muitos desafios, precisou ser forte em muitos momentos, foi para guerras, enfrentou dificuldades, teve treinamentos intensivos, e por muitas vezes contou os dias para finalizar o contrato nas forças armadas dos EUA. E um ano e meio após finalizar o contrato do exército, foi chamado para trabalhar na polícia. Mas esse não foi o final para Alex, segundo ele recentemente, se licenciou para corretor de imóveis em Massachusetts com o apoio de sua noiva Pam Manhic, além de continuar em seu trabalho na corporação como policial.

“Eu não aceito ser uma pessoa básica, minha mãe e meu pai se sacrificaram tanto, para vir para um país que nem sabiam falar a língua, e eu sei o quanto foi difícil”.
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