
Após Haddad reafirmar pronunciamento de Lula, Bolsa de Valores volta a cair pela segunda vez em menos de uma semana
Por Nicole Cunha | GNEWSUSA
O mercado financeiro foi abalado na última sexta-feira (27), quando o Ibovespa, que se mantinha sem direção definida, sofreu uma queda significativa. A instabilidade ocorreu após o presidente Lula expressar suas opiniões sobre a meta fiscal para 2024. A Bolsa, que chegou a recuar mais de 1%, estava operando com uma desvalorização de 0,92% por volta das 14h25, atingindo cerca de 113,7 mil pontos.
No entanto, em novo pronunciamento nesta segunda-feira (30) o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que fará “o possível” para garantir o equilíbrio fiscal no país.
Juros futuros também são impactados
Além da Ibovespa, depois do pronunciamento de Lula, o mercado de juros futuros também sentiu os efeitos das declarações. O DI para janeiro de 2026 registrou um aumento, marcando 10,66% em comparação ao ajuste de 10,578% da sessão anterior.
O mercado acionário norte-americano, representado pelo S&P 500, também experimentou turbulências, atingindo a mínima do dia, em grande parte devido a fatores como balanços corporativos e dados de inflação nos Estados Unidos. Esse contexto internacional agravou ainda mais a situação da Bolsa brasileira.
A Bolsa voltou a subir pela manhã de segunda, mas caiu novamente para 112.500,50 após a coletiva concedida por Fernando Haddad em Brasília, e o dólar voltou a subir, chegando a R$5,04.
“Uma Medida Provisória [aumentando alíquotas de impostos] resolveria todo o problema fiscal, mas talvez fosse afetar a vida das pessoas no geral. Estamos buscando corrigindo distorções. É um esforço que faz justiça ao cidadão.” – afirmou Haddad.
Presidente minimiza impacto
Lula argumentou que um eventual rombo de 0,25% ou 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 não é alarmante, e enfatizou que a meta não precisa ser zero, ele também criticou mercado financeiro. O presidente afirmou seu compromisso é “tomar decisões que sejam benéficas para o Brasil”.
“Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para esse país. Eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida. E se o Brasil tiver déficit de 0,5%, de 0,25%, o que é? Nada.” – Lula
Em um cenário marcado pela incerteza, a Bolsa e os juros futuros enfrentam desafios, refletindo as diferentes perspectivas sobre a economia. Os comentários de Lula geraram debates e preocupações no mercado, desencadeando uma reação em cadeia que influenciou negativamente os ativos financeiros.
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