
Ministro das Relações Exteriores de Israel e Embaixador na ONU Acusam Guterres de Viés e Pedem sua Renúncia
Por Camila Fernandes | GNEWS USA
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, decidiu cancelar um encontro agendado para esta terça-feira (24), com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres. Cohen acusou Guterres de tentar justificar o ataque perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro, que resultou na trágica perda de 1.400 vidas israelenses, sendo a grande maioria composta por civis.
“Não me reunirei com o secretário-geral da ONU. Após o 7 de outubro, não há espaço para uma abordagem equilibrada. O Hamas deve ser apagado do mundo”, afirmou Cohen.
As críticas também foram ecoadas pelo Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, que foi ainda mais incisivo ao pedir a renúncia de Guterres ao cargo.
Erdan declarou: “Guterres, que demonstra compreensão pela campanha de assassinato em massa de crianças, mulheres e idosos, não está apto para liderar a ONU. Não há justificativa nem sentido em falar com aqueles que mostram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu.”
Essas críticas surgiram em resposta à posição de Guterres, que condenou simultaneamente os ataques aéreos das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Gaza e a incursão do Hamas no sul de Israel.
No fatídico 7 de outubro, mais de 1.400 civis e soldados encontraram a morte de maneiras brutalmente violentas. Segundo as autoridades israelenses, muitos foram vítimas de queimaduras, desmembramentos e espancamentos.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, alega que quase 6 mil palestinos foram mortos em Gaza desde o início dos ataques retaliatórios de Israel. Tel Aviv argumenta que ataca apenas alvos associados aos terroristas e que algumas mortes ocorreram devido a lançamentos malsucedidos de foguetes palestinos contra o território israelense.
Guterres expressou profunda preocupação com o implacável bombardeio de Gaza pelas forças israelenses, bem como o elevado número de vítimas civis e a destruição massiva de bairros. Ele enfatizou: “Proteger os civis não significa ordenar que mais de um milhão de pessoas deixem suas casas para o sul, onde não há abrigo, nem comida, nem água, nem medicamentos, nem combustível, e depois continuar a bombardear o próprio sul.”
O secretário-geral das Nações Unidas também abordou a longa história de sofrimento dos palestinos, destacando os 56 anos de ocupação que enfrentaram. Guterres ressaltou: “Eles viram suas terras serem continuamente devoradas por assentamentos judeus e assoladas pela violência. Sua economia foi sufocada, pessoas foram deslocadas e suas casas, demolidas. As esperanças de uma solução política para sua situação têm desaparecido”, embora tenha ressalvado que isso não justifica os ataques do Hamas.
“E esses ataques terríveis do Hamas não podem justificar a punição coletiva do povo palestino [por Israel]”, concluiu Guterres.
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