
Christopher Conley, de Massachusetts, condenado por tentativa de homicídio, agressão e abuso contra sua filha de 7 anos, teve apelo rejeitado pelo Supremo Tribunal Judicial.
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA
Na última quarta-feira (25), o Supremo Tribunal Judicial de Massachusetts anunciou a recusa do pedido de um novo julgamento feito por Christopher Conley, residente de Massachusetts, que foi condenado por tentativa de homicídio contra sua filha de 7 anos. Em 2015, Conley confessou ter envenenado a criança com o limpador de ralos Liquid Plumr, um ato que chocou a comunidade local e gerou indignação nacional.
As acusações contra Conley incluíam tentativa de homicídio, agressão e agressão com arma perigosa a uma criança, além de agressão causando lesões corporais substanciais. A denúncia surgiu após a confissão do réu, onde admitiu ter inserido o produto químico no tubo conectado cirurgicamente ao intestino grosso da filha, que já enfrentava complexos problemas médicos.
No apelo por um novo julgamento, a equipe jurídica de Conley alegou que o juiz de primeira instância cometeu abuso de poder ao excluir o depoimento do perito de defesa sobre falsas confissões e ao admitir evidências de que, em sua confissão de 2015, o réu também admitiu ter causado infecções sanguíneas intencionais em sua filha em 2009. A defesa ainda argumentou que o juiz errou ao não considerar as provas de que, momentos antes da confissão, Conley afirmou a seu advogado, em um caso relacionado, que “não fez isso”, mas confessaria em prol da família.
Em resposta à negação do novo julgamento, a Commonwealth declarou: “Revisamos minuciosamente cada um dos argumentos do réu e a decisão cuidadosa do juiz sobre eles. Não há razão para reavaliar o veredito. Não houve abuso de poder. Mantemos as sentenças e a ordem que rejeita o pedido de novo julgamento do réu”.
Durante o julgamento, os promotores afirmaram que Conley alegava querer aliviar o sofrimento da filha, que sofria de uma doença crônica. A menina havia passado por uma cirurgia extensa de sete horas para remover dois terços do intestino delgado e parte da bexiga após o envenenamento. Além disso, surgiu alegações de que Conley pode ter abusado da filha por anos, uma vez que seus problemas médicos melhoraram enquanto estava sob custódia de um orfanato.
Apesar da tentativa de homicídio, a filha de Conley sobreviveu, mas sofreu efeitos duradouros. O réu foi condenado a uma sentença de 16 a 18 anos de prisão após sua condenação em 2020, um desfecho que encerra um capítulo sombrio dessa história de horror.
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