
André Janones e Guilherme Boulos estão entre os políticos que estiveram com a chamada “1º Dama do Tráfico Amazonense”
Por Nicole Cunha | GNEWUSA
Luciene Barbosa Farias, que já foi condenada a 10 anos de prisão por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, esposa de Clemilson dos Santos Farias, também conhecido como “Tio Patinhas”.
O traficante é um dos líderes do Comando Vermelho e foi por muito tempo o “número um” na lista de procurados do Amazonas. Condenado a 31 anos de prisão por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
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No entanto, além do Ministério da Justiça, Luciane teve sua presença confirmada em pelo menos duas agendas envolvendo o Ministério dos Direitos Humanos e também Câmara dos Deputados. Participou também de audiências a cerca do sistema carcerário.

A “Dama do Tráfico”: Luciane Barbosa Farias
Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson, é apelidada de “dama do tráfico” e é acusada de ser o braço financeiro do Comando Vermelho, envolvida em lavagem de dinheiro. Apesar de sua condenação a 10 anos de prisão pelos mesmos crimes do marido, ela foi recebida duas vezes em Brasília por auxiliares do ministro da Justiça, Flávio Dino, conforme revelou o Estadão.

Recepção no Ministério da Justiça e Ministério dos Direitos Humanos
O Ministério da Justiça admite que Luciane foi recebida por secretários do ministro Flávio Dino, mas alega que ela integrou uma comitiva e que o setor de inteligência não pôde detectar previamente sua presença.
Em março, a “dama do tráfico amazonense” se reuniu com o secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz.
Em maio, teve encontros com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Paula Cristina da Silva Godoy, titular da Ouvidoria Nacional de Serviços Penais (Onasp), e Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen.
Além desses, também se encontrou com representante dos Direitos Humanos, Erica Meireles, Guilherme Boulos, e Deputado Federal André Janones.
Suspeitas de atos criminosos
A imprensa local do Amazonas atribui a Clemilson o papel de mandante de uma série de assassinatos em Manaus. Em 2019, um homem foi encontrado morto com um bilhete que dizia “Devia o Tio Patinhas.” Além disso, Clemilson é acusado de financiar a fuga de 35 presos do Centro de Detenção Provisória de Manaus em 2018, embora ele negue as acusações.
Um relatório de investigação de 2018 revela a dimensão dos negócios de Clemilson. O traficante gastou mais de R$ 100 mil em armas e exigiu que seus subordinados as cuidassem com zelo.
Tio Patinhas é acusado de ser o mandante do assassinato de Adriana Monteiro da Cruz, morta em 2017, supostamente por engano. O caso ainda não teve um desfecho, mas a Justiça decidiu levar o caso ao Tribunal do Júri.
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