
Em uma ação complexa intermediada pelo Catar e EUA, grupo é libertado após acordo que estabelece trégua de quatro dias na região.
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA
Na sexta-feira (24), em uma operação complexa intermediada pelo Catar e Estados Unidos, o Hamas libertou o primeiro grupo de reféns, marcando uma trégua histórica após intensos conflitos na região. A negociação, que durou mais de um mês, resultou na libertação de 24 pessoas, incluindo 13 mulheres e crianças israelenses, conforme previsto no acordo. Além disso, 10 cidadãos tailandeses e 1 filipino foram soltos após negociações paralelas com os respectivos governos.
Como parte do acordo, Israel implementou uma trégua de quatro dias nos bombardeios, liberando também 39 palestinos que estavam detidos no país desde o início do conflito. O Ministério de Relações Exteriores do Catar, mediador do acordo, confirmou todas as libertações.
A operação, mantida em segredo por mais de um mês, foi intermediada pelo Catar e pelos Estados Unidos. Os reféns liberados pelo Hamas foram entregues à Cruz Vermelha por membros do grupo, que coordenou toda a operação. O grupo, inicialmente sob o controle do Hamas em Gaza, foi sequestrado durante os ataques do grupo terrorista ao sul de Israel em 7 de outubro.
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Ao meio-dia, horário de Brasília, os cidadãos entregues pelo Hamas atravessaram a fronteira entre Gaza e Egito, sendo recebidos por helicópteros do exército israelense em um local não divulgado no Egito. Médicos e especialistas em comunicação com reféns prestaram atendimento, sendo os reféns levados de volta a Israel, onde ficarão 48 horas em hospitais. Os reféns tailandeses e filipinos também serão conduzidos a Israel para atendimento médico, antes de retornarem aos seus países.
Autoridades envolvidas na operação revelaram detalhes sobre o estado de saúde dos reféns. Nos próximos dias, está prevista a libertação de mais de 50 reféns, conforme estipulado no acordo, que inclui a trégua temporária nos ataques e a soltura de prisioneiros palestinos detidos antes do início da guerra. Em Tel Aviv, centenas de pessoas aguardavam para recepcionar os reféns, enquanto na Cisjordânia, uma multidão esperava pela libertação dos 39 palestinos presos.
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Monitoramento Internacional e Perspectivas de Paz
O acordo entrou em vigor às 7h no horário local, com o cessar-fogo abrangendo o norte e o sul de Gaza. O Catar, mediador do acordo, e o Egito estão monitorando o cumprimento do acordo, mantendo linhas diretas de comunicação com as partes envolvidas. Há esforços internacionais para transformar a trégua em uma interrupção mais longa do conflito, mas tanto Israel quanto o Hamas expressaram a intenção de retomar os combates.
Antes da Trégua: Intensificação dos Combates
Antes do cessar-fogo, os combates estavam mais intensos do que o normal, com mais de 300 alvos atingidos por jatos israelenses e tropas envolvidas em combates ao redor de Jabalia, ao norte da Cidade de Gaza. Ambos os lados acusam o outro de usar edifícios civis como cobertura, enquanto a mídia palestina relata vítimas em ataques aéreos.
A incerteza sobre a duração da trégua paira no ar, enquanto a comunidade internacional busca soluções para uma paz duradoura na região.
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