Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) anuncia nessa quarta-feira(8), uma ação ousada na luta contra o terrorismo: A Operação Trapiche, que visa a interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. O alvo dessa operação são indivíduos associados ao Hezbollah, um grupo extremista de origem libanesa, que estavam planejando ataques a sinagogas e outras edificações ligadas à comunidade israelita no Brasil.
Durante a operação, os agentes federais cumpriram dois mandados de prisão temporária na cidade de São Paulo e realizaram 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Distrito Federal. Um dos alvos foi detido no Aeroporto de Guarulhos, quando desembarcava de uma viagem com origem no Líbano.
A investigação apura se os alvos da operação estariam planejando atacar uma sinagoga ou outra edificação ligada à comunidade israelita no Brasil. De acordo com Jewish Latin America, o Brasil abriga mais de 110 sinagogas, quase metade delas em São Paulo, a cidade com a maior concentração de população judaica no país. Além disso, Minas Gerais também possui centros judaicos, com Belo Horizonte sendo um ponto focal.
Os envolvidos, tanto os recrutadores quanto os recrutados, enfrentarão acusações relacionadas à constituição ou integração de uma organização terrorista, bem como à realização de atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas para esses crimes podem chegar a 15 anos e 6 meses de reclusão quando somadas.
É importante destacar que os crimes previstos na Lei de Terrorismo são considerados hediondos, inafiançáveis e não passíveis de graça, anistia ou indulto. Além disso, a execução da pena para esses delitos começa em regime fechado, independentemente do trânsito em julgado da condenação.
A Operação Trapiche exemplifica o trabalho incessante da Polícia Federal em garantir a segurança da população brasileira e combater qualquer tipo de ameaça à ordem pública. As investigações continuam em andamento com o objetivo de identificar e neutralizar possíveis células terroristas atuantes no país. A comunidade judaica do Brasil permanece vigilante, com as autoridades e organizações judaicas unidas na defesa de suas instituições e tradições.
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