Haddad afirma que planeja medidas para compensar Desoneração da Folha e anuncia volta do imposto do Diesel em 1º de janeiro

Ministro disse ainda que busca soluções sem judicialização e discute propostas com o vice Alckmin para garantir meta fiscal

Por Nicole Cunha | GNEWSUSA

Em entrevista, Haddad revelou nesta terça-feira (26) que precisa discutir a respeito do pacote de medidas de compensação com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), antes de divulgar as propostas.

Questões a serem resolvidas no Sistema Tributário

Questionado sobre a natureza das medidas, Haddad não forneceu detalhes específicos, mas destacou a existência de muitos problemas no sistema tributário brasileiro que precisam ser enfrentados.

“Eu não posso anunciar algo da Fazenda sem passar pelos trâmites competentes. Tenho de aguardar uma validação da Casa Civil, que deve acontecer nas próximas horas. Assim que tiver validado, a gente divulgada.” – disse o Ministro.

O ministro afirmou que seu compromisso do dia inclui um despacho com o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, mas ainda não há agenda confirmada com Alckmin.

A volta do imposto sobre diesel

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que a reoneração do diesel entrará em vigor a partir de 1º de janeiro. Em uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, Haddad destacou que essa decisão não implicará em um aumento no preço do combustível.

“O impacto da reoneração é de R$ 0,30, e o impacto da redução já anunciado pela Petrobras no mês de dezembro é mais de 50%.“, afirmou.

O ministro explicou que a retomada da reoneração será equilibrada pelos cortes anunciados pela Petrobras, garantindo que não haverá impacto negativo nos preços para os consumidores. Essa estratégia busca manter a estabilidade econômica e atenuar possíveis preocupações sobre os custos dos combustíveis para a população.

Meta Fiscal Zero em 2024

Na semana passada, Haddad prometeu apresentar medidas para compensar a desoneração da folha, garantindo a meta fiscal zero em 2024 sem recorrer à judicialização.

O ministro esclareceu que as propostas não envolverão a Cide, descartando a criação de novos impostos ou o aumento das alíquotas. Ele também assegurou que não haverá anúncios relacionados ao Imposto de Renda neste momento.

Enquanto Haddad trabalha nas medidas para compensar a desoneração da folha, a expectativa gira em torno dos anúncios que podem impactar a meta fiscal e o sistema tributário brasileiro. Aguarda-se a definição das propostas após a discussão com o vice-presidente Alckmin.