Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Desde a última quarta-feira (29), atos de solidariedade ao povo palestino ecoaram por todo o mundo, marcando o Dia Internacional da Solidariedade ao Povo Palestino, instituído pela ONU em 1977. A data ganha relevância renovada diante do conflito entre Israel e o grupo Hamas.
Ativistas de diversas partes do globo, abrangendo as Américas, a Europa, a Ásia e a África, uniram-se em manifestações pró-Palestina. A escolha do dia coincide com a histórica sessão de 1947 da Assembleia-Geral da ONU, que aprovou a partilha do território palestino entre judeus e árabes. Entretanto, o Dia da Solidariedade ao Povo Palestino só foi designado pela ONU três décadas mais tarde, em 1977.
No Brasil, os atos de solidariedade pelo fim do massacre ao povo palestino ocorreram em diversas capitais e cidades do interior dos estados. Na capital paulista, a manifestação teve lugar em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista.
A deputada Federal Jandira Feghali (PC do B-RJ), cobrou o fim da guerra e apartheid israelense, destacando a necessidade de um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza:
“Neste Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, todos nós que acreditamos na liberdade e na autonomia das nações exigimos um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza. O sofrimento dos palestinos permaneceu invisível aos olhos do mundo por muito tempo, mas os ataques desumanos de Israel contra civis desarmados mudaram isso nas últimas semanas. Cada vez mais, o mundo exige o fim dos massacres e do apartheid israelense. Liberdade para Gaza e para os palestinos!”
Já a organização Justiça Global ressaltou que a partilha do território palestino, feita sem consulta, promoveu diversos momentos de repressão, remoções forçadas, limpeza étnica e ataques aos direitos humanos dos nativos da região.
A data de 2023 assume uma nova dimensão devido à guerra na Faixa de Gaza desde 7 de outubro. O conflito entre Tel Aviv e o grupo terrorista Hamas resultou na perda de vidas, com pelo menos 15 mil palestinos, incluindo 6.150 crianças e mais de 4.000 mulheres, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. Do lado israelense, foram registradas cerca de 1.200 mortes.
A guerra intensificou a pressão internacional para a implementação da solução de dois Estados, acordada nos Acordos de Oslo em 1993, mas nunca concretizada. Apesar do ceticismo generalizado, a recente guerra reavivou o interesse por essa abordagem. Ao ler um discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, a diretora-geral do escritório da organização em Genebra, Tatiana Valovaia, declarou que “já passou da hora” de implementar a solução de dois Estados, enfatizando a coexistência pacífica de Israel e Palestina, compartilhando Jerusalém como capital.
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