TJ-RJ determina afastamento imediato de Senadora investigada sob suspeita de ligação com Milícias

Deputada Lucinha (PSD). Imagem da Web.

Investigações apontam que Lucinha da Alerj é chamada de ‘Madrinha’ por milicianos

Por Nicole Cunha | GNEWSUSA

 

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta segunda-feira (18), o afastamento da deputada estadual Lucinha (PSD) de seu cargo. A decisão ocorreu em meio a suspeitas de seu envolvimento como braço político de uma milícia na zona oeste da capital fluminense.

Operação Batismo

Apelidada de Operação Batismo, e realizada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Estadual (MP-RJ), cumpriu oito mandados de busca e apreensão em bairros como Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, além do gabinete da deputada na Alerj.

As investigações apontam a participação ativa de Lucinha e sua assessora em uma organização criminosa, especialmente na articulação política para atender aos interesses do grupo miliciano.

A milícia é alvo de investigações por crimes como organização criminosa, tráfico de armas, homicídios, extorsão e corrupção. O líder da milícia, Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, comanda a maior milícia do estado.

Conversas comprometedoras e alcunha de “Madrinha”

O grupo liderado por Zinho foi responsável por ataques a ônibus e um trem em outubro. No mesmo mês, Lucinha registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido raptada. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso.

Conversas interceptadas revelam Lucinha em dezenas de diálogos com Domício Barbosa de Souza, conhecido como Dom, um dos homens de confiança de Zinho. A deputada é chamada de “madrinha” pelos paramilitares.

A força-tarefa apresenta indícios de que Lucinha intercedeu pela soltura de comparsas de Dom, que haviam sido pegos em flagrante. A deputada é apontada como peça-chave na administração financeira da milícia de Zinho.

Decisões adicionais da Justiça

Além do afastamento do cargo, a Justiça proibiu Lucinha de frequentar as sedes da Alerj. As investigações continuam para identificar outros envolvidos na organização criminosa.

Até o momento, a parlamentar não emitiu declarações sobre as acusações de envolvimento com a milícia fluminense. A Justiça aguarda desdobramentos das investigações para determinar novas medidas.

Sobre Nicole Cunha 228 Artigos
Nicole Cunha é jornalista e profissional com uma década de experiência em atendimento e formação em Gestão Comercial. É responsável no GNEWSUSA por informações do meio político e atualidades, com o objetivo de trazer conhecimentos de forma dinâmica e de simples compreensão.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*