
Justiça decide destinos divergentes: Caio condenado a 12 Anos e Fábio absolvido no julgamento da morte de Santiago Andrade
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Na madrugada de quarta-feira (13), a Justiça do Rio de Janeiro proferiu sentença no caso relacionado à morte do cinegrafista Santiago Andrade, ocorrida em fevereiro de 2014, durante uma manifestação na Central do Brasil. O artesão Caio Silva de Souza foi condenado a 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado, por lesão corporal seguida de morte. Por outro lado, o tatuador Fábio Raposo Barbosa foi absolvido pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri do Rio.
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Julgamento
Durante o julgamento, Fabio afirmou ser um frequentador das manifestações e protestava contra o governo. Ele alegou não ter visto o momento em que Caio acendeu o rojão nem quando o explosivo atingiu Santiago. Já Caio expressou culpa pela morte do cinegrafista, destacando que, se soubesse das consequências, não teria manipulado o artefato.
Os advogados de Caio, representados por Antônio Melchior, Leonardo Rivera, e Rodrigo Faucz, afirmaram que vão recorrer da decisão, argumentando que a pena desbordou as normas legais. O advogado Wallace Martins Paiva, que defende Fábio, enfatizou que a tese de não participação foi sustentada desde 2014, e a justiça foi feita.
Caio, um dos acusados, recebeu a pena de 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado. A juíza Tula Correa de Mello, que presidiu a sessão de julgamento que durou quase 12 horas, considerou-o culpado por lesão corporal seguida de morte. Importante destacar que Caio terá o direito de recorrer em liberdade.
Em contrapartida, Fábio Raposo Barbosa, o outro réu no caso, foi absolvido pelo Conselho de Sentença. A tese de não participação no crime, sustentada pela defesa desde 2014, foi acolhida pelos jurados. A defesa de Fábio celebrou o resultado, afirmando que a justiça foi feita.

Insatisfação da Família de Santiago
A advogada Carolina Heringer, representando a família de Santiago, expressou insatisfação com a absolvição de Fábio. Ela afirmou que houve provas suficientes de que ambos tinham consciência das consequências de seus atos. A família planeja recorrer da absolvição de Fábio e está considerando a possibilidade de recurso em relação à condenação de Caio, que não ocorreu nos termos esperados.
O desfecho do julgamento traz complexidade e nuances, refletindo a busca por justiça em um caso que marcou a história das manifestações no Brasil.
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