O casal líbio-brasileiro, Ahmed Hasan e Malak Hasan, permanecerá detido na Turquia até pelo menos 24 de janeiro, data marcada para uma nova audiência no processo em que respondem por tráfico internacional de drogas. A defesa alega que ambos foram vítimas de uma troca de etiquetas de bagagens no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e aguardam por justiça.
Presos provisoriamente desde 30 de novembro, Ahmed já estava impedido de deixar a Turquia seis meses antes, aguardando processo por tráfico internacional de drogas. Malak, que estava no Líbano, foi a Istambul em novembro para uma audiência judicial, resultando na manutenção da prisão provisória em decisão datada de 27 de dezembro de 2023, segundo a advogada Luna Provázio, representante do casal no Brasil.
Sandra envelopando e filmando a mala. Foto: Reprodução / Rubens Carvalho.
A defensora alega que Ahmed e Malak foram vítimas da mesma quadrilha que trocou etiquetas de malas das brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, acusadas do mesmo crime na Alemanha. A próxima revisão da prisão provisória está marcada para 24 de janeiro, e a defesa busca antecipar a data, dependendo do deferimento da Corte de Justiça da Turquia.
Relatórios e provas da Polícia Federal do Aeroporto de Guarulhos foram enviados oficialmente para a Turquia. A defesa insiste na liberdade provisória, argumentando a inocência do casal. A advogada destaca que Ahmed, dependente de medicamentos contínuos, não estaria recebendo os remédios corretamente no presídio.
Policia Federal alega que a etiqueta da mala foi trocada no aeroporto. Foto: Divulgação.
Os dois filhos do casal, vivendo com tios, enfrentam profunda depressão, questionando constantemente pelos pais. Para Provázio, a situação é uma “injustiça absurda” tanto pela prisão injustificada quanto pelo impacto nas crianças.
Relembrando o caso, Ahmed e Malak, cidadãos líbios com nacionalidade brasileira, enfrentam acusações após malas com drogas, identificadas erroneamente, foram despachadas do Brasil para a Turquia. A defesa argumenta que eles foram vítimas da reutilização das etiquetas de suas bagagens. A Polícia Federal concluiu que Malak não teve participação no tráfico, evidenciando a troca de etiquetas após quatro dias da saída do casal do Brasil.
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