Execução por asfixia com gás nitrogênio gera controvérsia no Alabama, EUA

Método considerado cruel e violação de tratados internacionais preocupa especialistas da ONU
Por Schirley Passos|Gnewsusa

O Estado do Alabama, nos EUA, está planejando executar Kenneth Smith por asfixia com gás nitrogênio, um método considerado cruel até mesmo para animais. Smith foi condenado por um assassinato encomendado que ele cometeu em 1988.

A Associação Veterinária Americana desaconselha o uso desse gás em eutanásia de mamíferos, pois pode ser estressante. O homem condenado processou o departamento prisional do Alabama devido aos riscos envolvidos no uso do gás nitrogênio. Caso o método falhe, ele corre o risco de sofrer um derrame ou ficar paralisado.

Especialistas ligados à ONU afirmaram que essa seria a primeira vez, em qualquer lugar do mundo, que um gás inerte é utilizado para induzir a asfixia, o que viola tratados contra a tortura e tratamento cruel e desumano.

O juiz R. Austin Huffaker, de Alabama, determinou que a execução ocorra na semana do dia 21 de janeiro. Ele afirmou em seu texto que o réu, Smith, não tem a garantia de uma morte indolor, mas também não foi comprovado no processo que o método certamente ou provavelmente causa grande dor ou risco.

É importante ressaltar que houve uma tentativa anterior de executar Smith, em novembro de 2022, através de injeção letal, mas não foi possível inserir a seringa na veia para administrar o veneno. Apenas duas pessoas nos EUA sobreviveram a uma tentativa de execução, e ele é uma delas.

 

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