Impunidade em Alta: Atual Gestão de Cláudio Castro é a Menos Severa na Punibilidade de Policiais
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Uma investigação minuciosa da Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou que pelo menos 20 membros da corporação estão sendo investigados por suspeita de envolvimento com milícias. Essa descoberta surge a partir de um levantamento obtido por meio da Lei de Acesso à Informação, destacando uma preocupante situação dentro da instituição.
Dentre os 20 policiais sob investigação, 17 são inspetores, um é oficial de cartório e outro é perito criminal. Essas investigações tiveram início a partir do ano de 2021, lançando luz sobre a possível conexão desses profissionais com atividades ilegais relacionadas a milícias.
Uma análise mais profunda dos dados revela uma situação ainda mais alarmante: desde o início das investigações, apenas um policial foi efetivamente punido por envolvimento com milícias. Este dado, por sua vez, aponta para uma tendência de menor rigor na atual gestão da Polícia Civil, que ocorre durante o governo de Cláudio Castro.
Comparando com anos anteriores, a discrepância torna-se evidente. Em 2018, sob a gestão de Luiz Fernando Pezão e Francisco Dornelles, a Polícia Civil puniu 27 membros. Em 2019, durante o governo de Wilson Witzel, esse número aumentou para 29. No ano de 2020, sob os governos de Witzel e Castro, apenas cinco policiais civis foram punidos.
Essa análise temporal aponta para uma preocupante tendência de redução nas punições em um momento em que a integridade dentro das forças de segurança deveria ser uma prioridade. Os anos de 2021 e 2022, no entanto, apresentaram um aumento nas punições, com 15 agentes e delegados sancionados a cada ano.
Em uma tentativa de abordar essas questões, a recém-criada Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro pretende implementar uma Corregedoria e Ouvidoria independentes, destinadas a receber denúncias contra policiais civis e militares. Uma decisão notável foi a escolha de um desembargador para assumir o papel de corregedor, indicando esforços para fortalecer a integridade e responsabilidade dentro da força policial diante das crescentes preocupações sobre a conduta de seus membros.
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