Líder norte-coreano reforça compromisso com potência nuclear e alerta para medidas extremas em meio a relações fragilizadas
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em uma visita a fábricas de armas, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, elevou as tensões na Península Coreana ao pedir o fortalecimento nuclear do país e afirmar que não hesitaria em “aniquilar” a Coreia do Sul. Designando o vizinho como seu “inimigo principal”, Kim destacou a prioridade em fortalecer as capacidades militares de autodefesa e dissuasão de guerra nuclear, conforme relatado pela agência de notícias oficial KCNA nesta quarta-feira.
As relações entre as duas Coreias atingiram um ponto crítico após Kim consolidar na Constituição a condição do Norte como potência nuclear, realizando testes de mísseis balísticos intercontinentais. O líder norte-coreano afirmou que o Norte não buscará uma confrontação unilateral, mas também não pretende evitar um possível conflito.
Ao ameaçar a Coreia do Sul, Kim declarou pela KCNA que, caso o Sul “ousar tentar o uso de forças armadas contra a RPDC ou ameaçar sua soberania e segurança, não hesitaremos em aniquilar a RDC [Sul], mobilizando todos os meios e forças em nossas mãos”. A visita do líder norte-coreano a fábricas de munições foi acompanhada por políticos e militares do alto escalão, sendo apresentada como uma motivação para os trabalhadores na busca por ambiciosas metas de produção para o ano novo.
As ações da Coreia do Norte geram preocupação internacional, com os Estados Unidos e seus aliados, Coreia do Sul e Japão, acusando o país de violar sanções internacionais ao transferir mísseis para a Rússia no contexto do conflito na Ucrânia. A comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos dessa escalada de tensões na região.
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