Primeiro-ministro de Israel recusa termos de rendição, alegando ameaça existencial e reitera oposição à criação de um Estado palestino. Pressão aumenta para a libertação de reféns
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Em comunicado divulgado no ultimo domingo (21/01), o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, rejeitou as condições apresentadas pelo Hamas para encerrar a guerra e libertar reféns. O líder israelense categoricamente negou os termos de rendição propostos pelo grupo terrorista, que incluíam a retirada completa das forças de Tel Aviv da Faixa de Gaza e a permanência do Hamas no poder no território palestino.
Netanyahu afirmou: “Rejeito categoricamente os termos de rendição dos monstros do Hamas. Em troca da libertação de nossos reféns, o Hamas exige o fim da guerra, a retirada de nossas forças de Gaza e a libertação de todos os assassinos e estupradores”.
A recusa do primeiro-ministro israelense em encerrar a ofensiva militar foi enfaticamente reforçada pelo membro do grupo palestino, Sami Abu Zuhri, declarando que a decisão “significa que não há chance de retorno dos reféns”.
Em um comunicado de 16 páginas em inglês e árabe, o Hamas justificou a incursão a Israel como uma “resposta normal a todas as conspirações israelenses contra o povo palestino”. O grupo admitiu possíveis erros durante a operação, atribuindo-os ao rápido colapso da segurança israelense e ao caos nas áreas fronteiriças com Gaza.
O comunicado também reivindicou um cessar imediato da agressão israelense no território palestino, condenando as ações que resultaram em mais de 25 mil mortes, de acordo com o Hamas.
Apesar das pressões crescentes para a libertação dos reféns, Netanyahu, conhecido como Bibi, reiterou sua oposição ao estabelecimento de um Estado palestino. Em seu comunicado, ele afirmou: “Não vou comprometer o controle total da segurança israelense sobre todo o território a oeste do rio Jordão.”
O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, que representa parentes dos israelenses capturados, exigiu que Netanyahu assegure a libertação dos reféns remanescentes. O grupo declarou: “Devemos avançar com o acordo agora” e instou o primeiro-ministro a compartilhar sua posição com o público israelense.
Dois dias antes, o presidente dos EUA, Joe Biden, revelou ter discutido com o primeiro ministro de Israel sobre possíveis soluções para a criação de um Estado palestino independente, sugerindo a possibilidade de um governo não militarizado como parte do caminho a ser explorado.
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