O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, oficializou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março de 2024. A decisão ocorreu após a renúncia do primeiro-ministro António Costa em meio à Operação Influencer, uma investigação sobre tráfico de influência relacionado a concessões de exploração de lítio, um projeto de hidrogênio em Sines e um data center na região norte do país.
O decreto assinado nesta segunda-feira (15) marcou a nona dissolução do Parlamento português desde 1974, conforme estipulado pela Constituição do país. António Costa apresentou sua renúncia em 7 de novembro, após as investigações do Ministério Público que apuram suspeitas de corrupção e tráfico de influência em projetos estratégicos para Portugal.
Ex-Primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Foto: Reprodução.
A Operação Influencer foca em questões cruciais para o país, incluindo concessões de exploração de lítio, um projeto para uma central de hidrogênio e investimentos em data centers. Com a maior reserva de lítio conhecida na Europa, Portugal enfrenta alegações de crimes como prevaricação, corrupção ativa e passiva de políticos, além de tráfico de influência.
Apesar da renúncia, António Costa permanece no cargo de primeiro-ministro até as eleições gerais marcadas para março de 2024. O político, alvo da investigação, expressou total disponibilidade para colaborar com a Justiça em seu comunicado televisado anunciando sua renúncia.
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