Aloizio Mercadante, rebate críticas sobre possível impacto do banco na política monetária e ampliação do crédito
Por Nicole Cunha | GNEWSUSA
Durante o encontro do grupo empresarial B20, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reagiu a críticas sobre o papel do banco na política monetária, afirmando que sua influência é limitada, representando apenas 1,3% do crédito nacional.
“O Rabo Não Abana o Cachorro”
Em declaração à imprensa, Mercadante compara o BNDES a um “rabo” na economia, minimizando sua capacidade de interferir nos rumos da política monetária.
“Qual é o peso do BNDES para o volume de crédito do país? 1,3%. Em economia, o rabo não abana o cachorro. Nós não temos tamanho para interferir na potência da política monetária“, afirmou o presidente do BNDES durante o evento empresarial realizado no Rio de Janeiro.
O presidente do banco argumenta que o banco não tem o poder de afetar significativamente a política monetária.
“Espero que a taxa de juros caia mais meio ponto porcentual na quarta-feira. E dava para ter caído mais cedo“, comentou Mercadante, referindo-se à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Impactos do BNDES na economia
Mercadante aponta que as taxas subsidiadas correspondem a apenas 19% das operações atuais e que a taxa referencial (TR) para inovação terá um impacto anual de apenas R$ 5 bilhões.
Apesar do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmar que o banco não tem tamanho para interferir na política monetária, o recente plano da Nova Indústria Brasil, que destina R$ 250 bilhões, custeados pelo BNDES, para projetos em diversos setores, poderia influenciar a dinâmica econômica.
Com mais de 80% do pacote de incentivos voltado para a indústria, anunciado na última segunda-feira (22), a concessão de linhas de crédito em áreas como agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e tecnologia de defesa pode gerar impactos nas taxas de juros e na disponibilidade de crédito, modificando, consequentemente, a política monetária em diferentes segmentos. O presidente do BNDES minimizou essa possibilidade, mas o aumento substancial de financiamentos pode, de fato, influenciar variáveis econômicas.
Faça um comentário