Taiwan Elege Presidente Anti-China: Lai Ching-te Vence com 40% dos Votos

Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista. Foto: Reprodução/AFP.

Vice-presidente do Partido Democrático Progressista vence eleições, prometendo equilíbrio entre diálogo e proteção contra ameaças chinesas. Posse agendada para 20 de maio.

Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Lai Ching-te, de 64 anos, membro do Partido Democrático Progressista (PDP) e defensor da independência de Taiwan, conquistou a presidência da ilha para os próximos quatro anos, com 40,1% dos votos. A posse está marcada para 20 de maio. Pequim havia anteriormente classificado Lai como um “sério perigo”. A divisão da oposição favoreceu Lai, que é o atual vice-presidente.

Com todos os votos apurados pela Comissão Central da Eleição, Lai superou Hou Yu-ih (Kuomintang, KMT) e Ko Wen-je (Partido do Povo de Taiwan, PPT), com 33,5% e 26,5%, respectivamente. Esta é a terceira vitória consecutiva para o PDP desde o primeiro pleito democrático em 1996.

Candidato Lai Ching-te. Foto: Reprodução. REUTERS/Ann Wang.

Em seu discurso de vitória, Lai destacou o compromisso inabalável com a democracia, ressaltando a posição de Taiwan ao lado das democracias globais. Sobre as relações com Pequim, ele expressou a intenção de substituir o confronto por diálogo, enfatizando a busca por cooperação e intercâmbios para o bem-estar comum, mas também sublinhou a determinação de proteger Taiwan de ameaças e intimidações chinesas.

O novo presidente agradeceu os telefonemas de congratulação dos adversários e expressou a vontade de trabalhar em conjunto, enquanto aguarda a composição de um governo sem maioria. Durante a campanha, Lai, marcado por uma postura anti-China, buscou moderação, mas declarações recentes levantaram dúvidas sobre sua capacidade de manter uma abordagem disciplinada em questões delicadas.

A eleição foi acompanhada atentamente por China e EUA, destacando a sensibilidade das relações entre os três. A posse de Lai Ching-te será um momento chave para avaliar sua postura em temas cruciais, como segurança nacional e relações com Pequim.

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