Economistas preveem década crucial com riscos sem precedentes diante do alarmante crescimento da dívida global.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A dívida mundial atingiu um nível crítico, podendo desencadear uma crise de proporções inéditas na próxima década, alertam especialistas. O presidente da Laffer Tengler Investments, Arthur Laffer, destaca que a dívida dos países ricos e emergentes cresceu significativamente em relação à última década, representando agora 336% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Laffer, em entrevista à mídia, salienta que os próximos dez anos serão marcados como a “década da dívida” e que a situação atual está no limite, podendo ter desfechos negativos. O relatório de uma instituição internacional revela que a relação dívida/PIB atingiu 334% no último trimestre de 2022, comparado à média de anos anteriores.
O economista alerta para as consequências inevitáveis, destacando que aproximadamente cem países podem ser obrigados a cortar gastos em áreas vitais para honrar suas dívidas. Aqueles que não conseguirem ajustar suas contas públicas enfrentarão perdas de competitividade, receitas e, em alguns casos, a possibilidade de falência.
Laffer ressalta ainda que o envelhecimento da população nos países desenvolvidos e a escassez de mão de obra tornarão o pagamento da dívida ainda mais desafiador. Diante desse cenário, a solução passa por aumentar a arrecadação ou impulsionar o crescimento do PIB além do crescimento da dívida.
A preocupação com a dívida não se restringe a um país específico. Especialistas alertam que a robustez econômica vinculada aos gastos governamentais é insustentável a longo prazo, podendo afetar os mercados globais. Essa crescente preocupação com os gastos deficitários inevitavelmente repercutirá em diversas economias, advertem os analistas.
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