Parentes e amigos dos fiscais do trabalho que foram mortos em Unaí protestaram diversas vezes em Brasília e nos órgãos do judiciário em Minas Gerais. Foto: Ricardo Marques.
Prisões e condenações marcam os desdobramentos do caso que chocou o país em 2004, acusado de ser mandante da chacina é capturado na Região do Triângulo em MG
José Alberto de Castro foi preso na Região do Triângulo, em Minas Gerais. Três auditores fiscais e um motorista foram assassinados em 2004. José Alberto de Castro, acusado de contratar os executores que mataram três auditores fiscais do trabalho e o motorista deles, em Minas Gerais, foi preso nesta quinta-feira (14). Ele estava na Região do Triângulo mineiro e foi levado para a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF). Castro foi condenado a 41 anos e 3 meses de prisão.
Prisão decretada após decisão judicial
Os assassinatos aconteceram em janeiro de 2004 e ficaram conhecidos como “Chacina de Unaí”. Nesta quarta-feira (13/02), o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), em Belo Horizonte, determinou a prisão imediata dos fazendeiros Antério e Norberto Mânica, condenados pela chacina.
Foto: Reprodução.
Garantia da ordem pública e aplicação da lei
A Justiça atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), para “garantir a ordem pública e a correta aplicação da lei”. Os irmãos estavam em liberdade, porque recorreram da condenação e aguardavam o julgamento dos recursos.
Na sentença, o magistrado também explicou que, de acordo com o Código Penal, condenados a mais de 15 anos devem ser imediatamente presos, iniciando o cumprimento da pena. Ele também afirmou que recursos não reavaliam provas e fatos.
Relembre o Caso
Os fazendeiros Antério e Norberto Mânica foram acusados de serem os mandantes dos assassinatos dos fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira. Eles foram mortos em 28 de janeiro de 2004, vítimas de uma emboscada, na zona rural de Unaí, na Região Noroeste de Minas Gerais, enquanto apuravam denúncias de trabalho análogo à escravidão.
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