Ex-funcionário da CIA condenado a 40 anos por maior vazamento da História da Agência

 Joshua Schulte recebe dura sentença por roubo e vazamento de Informações Confidenciais para o WikiLeaks, além de acusações relacionadas à espionagem e crimes gravíssimos

Por Schirley Passos|GNEWSUSA

O ex-funcionário da Central Intelligence Agency (CIA), Joshua Schulte, enfrentará 40 anos de prisão após ser considerado culpado por um dos mais significativos vazamentos de informações da história da agência. O juiz distrital dos Estados Unidos, Jesse Furman, proferiu a decisão na ultima quinta-feira (01/02), concluindo um julgamento que envolveu acusações de espionagem, invasão de computadores, desacato à corte e declarações falsas ao FBI.

Além de seu envolvimento na maior violação de dados já registrada pela CIA, Schulte foi condenado por posse de imagens de pornografia infantil, encontradas criptografadas em seus computadores. O ex-funcionário é acusado de encaminhar 8.761 documentos ao WikiLeaks, conforme detalhado pelos promotores durante o julgamento.

Trabalhando na CIA por seis anos, Schulte tinha amplo acesso a dados de segurança, tornando suas ações ainda mais impactantes. Apesar de uma defesa que alegou uma “neurodivergência não diagnosticada,” Schulte manteve sua inocência, enquanto seu veredicto resultou em uma sentença rigorosa, mas aquém da prisão perpétua solicitada pelos promotores.

O vazamento, amplamente conhecido como Vault 7, teve repercussões globais. Schulte, preso desde 2017, já havia sido considerado culpado em 2022, aguardando apenas a definição da pena. O WikiLeaks, protagonista na divulgação de informações confidenciais, teve seu papel destacado no caso, evidenciando mais uma vez as complexas ramificações da era digital na segurança nacional.

A prisão de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, em 2019, também ecoa no desfecho do caso Schulte. Assange enfrenta extradição para os EUA, acusado de 18 crimes, incluindo espionagem relacionada aos vazamentos do WikiLeaks. A saga continua, alimentando debates sobre liberdade de expressão, jornalismo e os limites éticos das revelações no cenário geopolítico atual.

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