Fuga do presídio federal de Mossoró: Presos aterrorizam família e desafiam autoridades

Detentos em Fuga Mantêm Família Refém na Zona Rural, Desencadeando Operação de Busca e Aumentando a Pressão por Reformas no Sistema Prisional

Por Carla Pereira|GNEWSUSA

Dois detentos, um ainda vestindo uniforme da penitenciária, invadem casa na zona rural e intensificam o clima de apreensão.

A fuga:

Na noite de sexta-feira (16), a comunidade de Riacho Grande, a apenas três quilômetros da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, vivenciou momentos de terror. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, foragidos da penitenciária desde quarta-feira (14), invadiram uma casa e mantiveram uma família refém por cerca de quatro horas.

O cárcere privado:

Sob a mira de armas, a família foi obrigada a fornecer comida e acesso às redes sociais aos fugitivos. Segundo relatos, os homens estavam sujos e desorientados, um deles ainda vestindo parte do uniforme da penitenciária. A tensão era palpável, intensificando o medo e a apreensão dos reféns.

A fuga em detalhes:

Os foragidos chegaram à casa por volta das 20h. A ação durou cerca de quatro horas, durante as quais a família foi ameaçada e obrigada a atender às demandas dos criminosos. Além de comida e acesso à internet, os fugitivos roubaram celulares, carregadores e alimentos antes de fugirem na madrugada de sábado (17).

Pistas e buscas:

A fuga dos detentos, a primeira registrada no sistema penitenciário federal brasileiro, mobilizou cerca de 300 agentes em buscas incessantes. As autoridades vasculham a zona rural em um raio de 15 km, concentrando-se em áreas onde foram encontradas pistas como pegadas, uma camiseta e uma toalha.

Perfis dos fugitivos:

Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, são considerados de alta periculosidade. Ambos possuem extensos históricos criminais, com condenações por crimes como homicídio, roubo e tráfico de drogas. Mendonça responde a mais de 50 processos e soma 74 anos de prisão, enquanto Nascimento acumula mais de 30 processos e 81 anos de condenação.

Reforço na segurança:

Em resposta à fuga, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou medidas para modernizar o sistema de segurança das penitenciárias federais. Entre as ações estão:

Videomonitoramento aprimorado com reconhecimento facial;

Ampliação dos sistemas de alarmes e sensores de presença;

Construção de muralhas em todas as unidades;

Nomeação de 80 novos policiais penais federais.

Investigação em duas frentes:

A investigação da fuga segue em duas frentes:

Administrativa: para apurar responsabilidades disciplinares, incluindo o afastamento da direção da penitenciária de Mossoró;

Criminal: pela Polícia Federal, para identificar eventual responsabilidade de natureza criminal e a participação de cúmplices.

Repercussão e desafios:

A fuga dos detentos coloca em destaque a audácia do crime organizado e a necessidade de medidas robustas para garantir a segurança da população. O caso também levanta questionamentos sobre a segurança das penitenciárias federais e a efetividade do sistema prisional brasileiro.

A comunidade local se encontra apreensiva com a fuga dos presos e espera por uma resposta rápida das autoridades.

A investigação da fuga está em andamento e a expectativa é que os foragidos sejam recapturados em breve.

Este caso coloca em destaque a necessidade de investimentos em segurança pública e na modernização do sistema prisional brasileiro.

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