
Declaração polêmica durante visita à Volkswagen gera repercussão e críticas da oposição
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou, na última terça-feira (5), uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Lula (PT), alegando suposto crime de racismo. A denúncia surge em decorrência de uma declaração feita pelo petista durante sua visita à fábrica de veículos da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), no dia 2 de fevereiro.
Durante o discurso, Lula apresentou a estudante Luiza Eduarda Leôncio, uma jovem negra que estava entre as autoridades no evento. Ao referir-se à estudante, Lula expressou ter pensado que ela era namorada de alguém, cantora ou percussionista, “porque uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor”.
A denúncia do deputado Bilynskyj destaca a associação automática feita por Lula, relacionando a aparência de Luiza Eduarda a estereótipos específicos. O parlamentar argumenta que essa atitude vai contra os compromissos internacionais do Brasil no combate à discriminação e ao racismo, citando a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância.
Luiza Eduarda Leôncio, operadora especialista da Volkswagen do Brasil e vencedora do prêmio de melhor aprendiz 2023 da montadora, representando o país em um evento automobilístico na Alemanha, tornou-se o foco da controvérsia. Bilynskyj argumenta que a fala de Lula alimenta generalizações prejudiciais, indo de encontro aos valores fundamentais de igualdade e respeito pela diversidade.
A repercussão negativa da declaração levou Lula a enfrentar críticas, que o acusa de racismo e machismo. O episódio destaca a sensibilidade das discussões sobre discriminação racial e as expectativas de postura dos líderes políticos brasileiros no cenário internacional. A PGR agora avaliará a denúncia apresentada por Bilynskyj.
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