Ministro de Relações Exteriores de Israel: Lula não será bem-vindo até retratar-se sobre o Holocausto

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução.
 Israel exige que o presidente brasileiro se retrate por comparações entre guerra em Gaza e genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Em uma reviravolta diplomática, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou nesta segunda-feira (19), que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, não será bem-vindo em Israel até que ele retire seus comentários controversos sobre o Holocausto.

Katz afirmou que os comentários de Lula, nos quais ele comparou a guerra contra os militantes do Hamas em Gaza ao genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial, são considerados um sério ataque antissemita e uma ofensa ao povo judeu.

“Nós não esqueceremos nem perdoaremos. É um sério ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que ele retire essas declarações”, declarou o ministro das Relações Exteriores. A declaração foi feita em resposta aos comentários feitos por Lula durante a 37ª Cimeira da União Africana em Adis Abeba.

O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz. Foto: Reprodução.

Israel acusa Lula de banalizar o Holocausto e de ofender o povo judeu com suas declarações. O ministro Katz convocou o embaixador brasileiro em Israel para uma reprimenda pelos comentários, que foram considerados altamente insensíveis e inapropriados. A convocação ocorreu no memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, nesta segunda-feira (19/02).

A guerra em Gaza teve início quando o grupo militante islâmico palestino Hamas enviou combatentes para Israel em 7 de outubro. A ofensiva resultou na morte de 1.200 pessoas, a maioria civis, e fez 253 reféns, de acordo com registros israelenses. Desde então, a resposta de Israel, por meio de uma ofensiva aérea e terrestre, devastou grande parte de Gaza, resultando na morte de mais de 29 mil pessoas, também em sua maioria civis, segundo as autoridades de saúde palestinas.

A exigência de retratação feita por Israel destaca a sensibilidade do tema do Holocausto e a importância de abordá-lo com cuidado.

O país considera o Holocausto um dos eventos mais sombrios da história e busca preservar a memória das vítimas e a lição que a tragédia ensinou ao mundo.

A comparação entre o genocídio nazista e a guerra em Gaza é vista como uma minimização do Holocausto e uma falta de respeito às vítimas.

A repercussão internacional dessa questão reflete as tensões diplomáticas entre os dois países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se pronunciou sobre a exigência de retratação feita por Israel. Resta saber como essa situação será resolvida e se haverá um diálogo para uma possível reconciliação entre as partes envolvidas.

Leia também: 

Presidente do Memorial do Holocausto condena declarações de Lula como ‘Expressão evidente de antissemitismo’

Pedido de Impeachment de Lula: Adesão no Congresso Nacional chega a 68 Deputados

Número Só Cresce: 86 Deputados reforçam pedido de impeachment de Lula por declarações polêmicas

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*