
Estado Islâmico reivindica autoria em um dos piores atentados na Rússia em duas décadas; autoridades investigam o incidente e prestam assistência às vítimas.
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA
Na noite desta sexta-feira (22), a Rússia foi palco de um dos mais brutais ataques em duas décadas, quando um grupo armado, vestido com roupas camufladas e portando metralhadoras, abriu fogo contra frequentadores de uma casa de shows nas proximidades de Moscou. O incidente resultou em 62 de mortos e cerca de 140 feridos, em um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico em seu canal no Telegram.
O ataque teve início por volta das 20h (horário local), quando a banda Picnic estava prestes a iniciar sua apresentação no Crocus City Hall, em Krasnogorsk. Testemunhas relataram que ao menos cinco homens iniciaram o ataque no saguão, antes de invadirem o local, disse a agência oficial de notícias Tass. Explosões foram ouvidas, seguidas pelo incêndio no recinto. Embora os bombeiros tenham controlado as chamas, a estrutura do Crocus City Hall encontra-se comprometida, correndo o risco de desabar a qualquer momento.

O presidente Vladimir Putin está sendo informado em tempo real sobre o desdobramento da situação, confirmou Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo. As autoridades russas classificaram o incidente como um atentado terrorista, e uma investigação já está em curso.

Entre os pontos cruciais que se sabe até o momento:
- O número de mortos é estimado em 62, com mais de 140 feridos, incluindo crianças.
- O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.
- Ainda não há informações precisas sobre o número de agressores.
- Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram cenas de pânico e desespero, com pessoas correndo pelos corredores da casa de shows entre os corpos das vítimas.
- Este é o pior atentado na Rússia desde o massacre na escola de Beslan, em 2004.
- A prefeitura de Moscou cancelou todos os eventos públicos agendados para o fim de semana e reforçou a segurança nos aeroportos.
O governo da Ucrânia negou qualquer envolvimento, destacando as tensões decorrentes da invasão russa ao país há dois anos. Dmitry Medvedev, aliado próximo de Putin, declarou em seu canal no Telegram que os responsáveis pelo ataque serão perseguidos e mortos, destacando uma postura rígida contra o terrorismo.
“Uma terrível tragédia ocorreu hoje no Crocus City”, disse o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. “Sinto muito pelos entes queridos das vítimas.” Ele também afirmou que toda a assistência necessária será prestada aos feridos.
A comunidade internacional reagiu ao ocorrido, com a embaixada dos EUA na Rússia alertando, semanas antes, sobre planos iminentes de ataques na região.
Este ataque é o mais grave na Rússia desde a invasão de uma escola em Beslan, em 2004, onde mais de 330 pessoas, a maioria crianças, perderam suas vidas. O ataque também lembra a tragédia ocorrida em um teatro em Moscou, em 2002, onde 129 reféns e 41 militantes separatistas chechenos morreram após uma intervenção das forças russas.
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