Entregadores de Aplicativos protestam em BH contra regulamentação da Profissão; Conheça as motivações

Foto: Júnior Motoboy / Divulgação
 Manifestação ocorre em resposta à proposta do governo de aumentar tributos e incluir a categoria no regime de Previdência Social, medida rejeitada pelos trabalhadores.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Entregadores de aplicativos protestam em Belo Horizonte (BH) contra regulamentação da profissão Motoboys e entregadores de comida por aplicativos realizaram uma manifestação na tarde desta segunda-feira (25) pelas ruas de Belo Horizonte. O protesto ocorreu em resposta à intenção do governo federal de regulamentar o trabalho dos motociclistas intermediado por plataformas digitais. Os manifestantes se dirigiram à Assembleia Legislativa, no bairro Santo Agostinho, e à Praça Sete, no centro da cidade.

O presidente Lula propõe que a categoria pague mais tributos e seja incluída no regime de Previdência Social. No entanto, os próprios motociclistas rejeitam a proposta, considerando que o trabalho em plataformas como o iFood é utilizado principalmente para complementar a renda. Durante o protesto em BH, eles gritavam: “se o governo taxar, os motocas vão parar”.

Dezenas de motociclistas participaram do protesto na capital mineira. Foto: Reprodução. Júnior Motoboy.

Em 4 de março, o governo federal fechou um acordo com empresas de transporte por aplicativo, como Uber e 99, e enviou um projeto de lei ao Congresso Nacional propondo uma série de direitos para os motoristas. No entanto, os entregadores do iFood ficaram de fora da proposta. Na ocasião, Lula cobrou mais empenho da plataforma na negociação.

Em um comunicado, o iFood afirmou que apoia a regulação dos motociclistas, mas que o acordo depende de mudanças no modelo de inclusão previdenciária, adaptado à realidade dos entregadores. Segundo a empresa, o regime geral de Previdência Social, pensado para o modelo de trabalho Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não se adequa à realidade do setor de entrega, onde 90% dos entregadores trabalham menos de 90 horas por mês e utilizam a plataforma para complementar a renda.

A empresa também criticou as propostas feitas pelo Ministério do Trabalho durante as negociações do grupo de trabalho, alegando que os entregadores pagariam, no mínimo, 2,5 vezes mais tributos do que os motoristas de aplicativo. “Na prática, os entregadores, que já ganham menos do que os motoristas, veriam os seus ganhos diminuírem ainda mais, sem qualquer benefício”, afirmou o iFood.

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