Um taiuanês de 24 anos, identificado apenas pelo sobrenome Chang, enfrenta acusações de fraude de seguro depois de solicitar o equivalente a R$ 6,5 milhões em indenizações, alegando ter perdido as pernas. O caso, que chocou as autoridades locais, foi reportado pelo Ministério Público do Distrito de Taipé e repercutido pela “Newsweek”.
Chang teve suas pernas amputadas devido a complicações graves, incluindo congelamento de quarto grau, necrose óssea e sepse. No entanto, as circunstâncias que levaram a essa tragédia revelaram-se fraudulentas. Após as amputações, Chang procurou indenizações em oito apólices de seguro diferentes, totalizando US$ 1,3 milhão, de acordo com informações.
O taiuanês afirmou inicialmente que se feriu enquanto andava de scooter à noite. Uma das seguradoras pagou cerca de R$ 35 mil, mas outras quatro contestaram o pedido de indenização. A acusação revelou um esquema elaborado: Chang teria sido ferido quando um amigo, identificado como Liao, o amarrou em uma cadeira e deixou suas pernas imersas em um balde de plástico cheio de gelo seco por várias horas.
Liao, um cúmplice que conhecia Chang desde os tempos de faculdade, fotografou a situação para criar provas do suposto acidente. No entanto, a polícia, após uma investigação minuciosa, descobriu inconsistências nas alegações do golpista. As temperaturas na noite do incidente não eram suficientemente frias para causar as lesões descritas por Chang, e as fotos do hospital revelaram ferimentos simétricos, não condizentes com congelamento.
Como resultado, Chang e Liao foram indiciados por fraude. Chang, que estava utilizando próteses, foi preso juntamente com seu cúmplice. O balde utilizado no falso incidente com gelo seco também foi encontrado, solidificando as evidências contra a dupla.
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