Morador de rua absolvido após 320 dias de prisão no caso do 8 de Janeiro e processará o Estado por detenção injusta

Foto/Reprodução.

Advogada denuncia negligência do sistema judiciário e busca reparação para cliente injustamente detido

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Geraldo Filipe da Silva, um morador de rua que foi preso por 320 dias, finalmente recebeu sua absolvição do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do 8 de Janeiro. Agora, sua equipe legal está em busca de uma indenização do Estado brasileiro pelos meses de detenção injusta que ele enfrentou. Essa decisão marcante torna Silva o primeiro réu do caso a ser inocentado pelo STF.

Durante seu tempo na prisão, Geraldo Filipe da Silva passou por diversas dificuldades e privações. Sua defesa argumenta que a detenção injusta teve um impacto severo em sua saúde mental, física e em sua interação social. Agora, estão buscando reparação e responsabilização do Estado pelos danos causados durante esse período.

“Ninguém vai devolver os quase onze meses de vida que ele perdeu estando preso indevidamente. Geraldo poderia ter morrido no presídio. A PGR foi tão ou mais conivente do que o STF ao apresentar uma denúncia genérica contra Geraldo e demorar tanto tempo para mudar de posição. O Estado não pode ser uma máquina de moer gente”, afirmou a advogada de Silva, Tanieli Telles.

A decisão do STF em absolver Geraldo Filipe da Silva foi unânime, com 11 votos a favor da inocência. Ele alegou ter se alimentado em um centro de assistência social na Asa Sul, em Brasília, antes de ser preso, um fato crucial para sua defesa e para a decisão do tribunal.

O caso de Geraldo Filipe da Silva traz à tona a realidade vulnerável enfrentada por muitos moradores de rua e destaca a importância de garantir o acesso à justiça e a proteção dos direitos humanos para todos os cidadãos, independentemente de sua situação social. Sua absolvição representa uma vitória na luta por justiça e igualdade.

É crucial ressaltar que a detenção injusta de Geraldo Filipe da Silva não apenas afetou sua vida pessoal, mas também teve um impacto significativo em sua reintegração à sociedade e na reconstrução de sua vida após a prisão.

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