Mulher de 81 anos morre após cirurgia para remoção de “bebê de pedra”

Descoberta inesperada: A trágica história do “Bebê de Pedra” e os riscos da gravidez ectópica

Por Ana Raquel | GNEWSUSA

Um caso chocante veio à tona recentemente no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã, no estado do Mato Grosso do Sul. Uma mulher de 81 anos deu entrada na unidade hospitalar apresentando uma infecção grave, que logo se revelou ser causada por um fenômeno raro e assustador: um feto calcificado, conhecido como litopédio, alojado em seu corpo há décadas.

A descoberta ocorreu durante uma tomografia computadorizada, revelando que a mulher carregava consigo o que os especialistas chamam de “bebê de pedra”. Este fenômeno é resultado de uma gravidez ectópica, na qual o embrião se desenvolve fora do útero, levando à morte fetal e subsequente calcificação do feto.

Diante da gravidade da situação e do quadro de sepse, uma condição inflamatória que se espalha pelo organismo em resposta a uma infecção, a equipe médica decidiu realizar uma cirurgia de emergência para remover o feto calcificado e controlar a infecção. No entanto, mesmo com a intervenção cirúrgica, a paciente acabou falecendo.

Este caso trágico traz à tona uma condição rara e pouco compreendida, que pode passar despercebida por anos. Especialistas explicam que, em casos de gravidez ectópica seguida de morte fetal, o corpo da mulher pode não reabsorver o feto, levando à sua calcificação. Muitas vezes, a mulher pode não apresentar sintomas, tornando o diagnóstico ainda mais difícil.

É importante destacar que situações como essa evidenciam a importância do acesso à saúde e da conscientização sobre saúde reprodutiva. Negligenciar a retirada do feto do organismo após sua morte pode levar a complicações graves, como infecções e até mesmo a morte, como foi o caso desta mulher.

Diante dessa tragédia, o Hospital Regional Dr. José de Simone Netto expressou seu pesar pelo falecimento da paciente e ofereceu apoio psicológico aos familiares. Este episódio também serve como alerta para a importância da atenção médica adequada e do acompanhamento regular da saúde reprodutiva, especialmente em casos de gestações de risco.

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