A adesão da Suécia à OTAN ocorre em meio à guerra da Ucrânia, fortalecendo a aliança militar ocidental em sua oposição à Rússia.
Por Carla Pereira/GNEWSUSA
Em um movimento histórico, a Suécia foi oficialmente admitida como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na quinta-feira, 7 de março. O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, saudou a adesão da Suécia, afirmando que o país nórdico agora tem a garantia definitiva de segurança do grupo.
A Suécia tornou-se o 32º membro da OTAN após depositar o instrumento de adesão, o último documento necessário para a adesão, em Washington, junto ao governo dos Estados Unidos, que lidera a OTAN.
“Após mais de 200 anos de não-alinhamento, a Suécia agora desfruta da proteção concedida pelo Artigo 5, a garantia definitiva da liberdade e segurança dos Aliados”, disse Stoltenberg.
O Artigo 5 é o mecanismo de defesa coletiva da aliança, que considera um ataque a qualquer país membro como um ataque a todos os membros da organização. A adesão da Suécia à OTAN ocorre em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou há pouco mais de dois anos.
A entrada da Suécia na OTAN foi concluída após meses de imbróglios, incluindo a resistência da Hungria, cujo primeiro-ministro, Viktor Orbán, é simpático a Putin. A ratificação da adesão sueca pelo Parlamento húngaro ocorreu após um acordo entre os dois países para a compra de quatro caças Gripen da Suécia.
Antes da ratificação húngara, a Turquia também demorou a aprovar a adesão da Suécia, exigindo uma ação mais rigorosa contra membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que, segundo Ancara, se estabeleceram na Suécia.
Em abril do ano passado, a Finlândia também ingressou na aliança, efetivamente dobrando a fronteira do grupo com a Rússia. Antes disso, o Kremlin usou a expansão do bloco até suas fronteiras como uma das justificativas para o que ainda chama de “operação militar especial” contra a Ucrânia, que também buscava ingressar na OTAN.
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