Desvio de R$ 2 milhões destinados à compra de software pelo governo resulta em investigação

 Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos investiga o caso e busca identificar os responsáveis pelo crime.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

No dia 28 de março, criminosos invadiram o sistema de pagamentos da administração federal, conhecido como Siafi, e desviaram cerca de R$ 2 milhões que estavam destinados a um contrato do governo para a manutenção de software. Originalmente reservados para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), os valores foram redirecionados para a conta de um estabelecimento comercial em Campinas, São Paulo.

A empresa beneficiada pelo desvio é chamada “Adonai Comércio” e tem como atividade principal o comércio varejista de móveis, além de outras 15 funções secundárias, como venda de artigos de viagem, cosméticos, brinquedos e eletrodomésticos. A operação foi realizada através de uma chave aleatória do Pix, às 21h42 do dia 28 de março, uma quinta-feira véspera de feriado. No entanto, somente na segunda-feira, 1º de abril, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) percebeu a irregularidade.

Após acionar as autoridades policiais e a instituição de pagamento, o governo conseguiu recuperar os R$ 2 milhões desviados. No entanto, os invasores também utilizaram as senhas do MGI para outras operações. Eles tentaram movimentar pelo menos R$ 9 milhões da pasta, conseguindo desviar cerca de R$ 3,5 milhões, incluindo os valores recuperados.

A invasão ao sistema Siafi  levou o Tesouro Nacional, órgão responsável pelo sistema, a implementar medidas adicionais de segurança. A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o caso, contando com o apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

No dia 2 de abril, o Ministério da Gestão solicitou o bloqueio dos valores da conta que recebeu o desvio. Em um email enviado ao banco responsável pela conta, o ministério informou sobre o pagamento irregular, identificado no dia anterior. Segundo o documento, as notas fiscais utilizadas nos “supostos ataques” estavam devidamente atestadas e apropriadas para o contrato firmado com o Serpro.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) optou por não comentar o caso, a fim de evitar possíveis interferências nas investigações em andamento. A expectativa é de que as autoridades competentes consigam avançar nas apurações e identificar os responsáveis por esse crime.

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