
Sistema anti-míssil de Israel abatendo artefatos em ataque realizado pelo Irã
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (16), que imporá novas sanções ao programa de mísseis e drones do Irã após seu ataque no fim de semana contra Israel e afirmou que espera medidas semelhantes de seus parceiros e aliados.
“Nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções dirigidas ao Irã, incluído seu programa de mísseis e drones”, assim como contra o Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e o Ministério da Defesa iraniano, anunciou, em um comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
“Antecipamos que nossos aliados e parceiros em breve nos seguirão e aplicarão suas próprias sanções”, acrescentou.
“Essas novas sanções e outras medidas continuarão com um ritmo constante de pressão para conter e degradar a capacidade e eficácia militar do Irã e enfrentar todos os seus comportamentos nocivos”, explicou o funcionário.
Na madrugada de sábado para domingo, o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra o território israelense, o que qualificou de represália por um bombardeio que destruiu seu consulado em Damasco, na Síria, e que atribui a Israel. A maioria dos projéteis iranianos foi interceptada e foram registrados apenas danos.
Washington já recorreu a sanções econômicas para tentar neutralizar as atividades do Irã, tendo com alvos seus programas de drones e mísseis, bem como o financiamento de grupos pró-iranianos como o movimento palestino Hamas, que lançou seu próprio ataque contra Israel em 7 de outubro.
Sullivan lembrou que Washington já sancionou mais de 600 pessoas e entidades vinculadas ao Irã “relacionadas com o terrorismo, o financiamento do terrorismo e outras formas de comércio ilícito, terríveis abusos dos direitos humanos e apoio a grupos terroristas”.
Em uma entrevista coletiva no início das reuniões da primavera boreal do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Yellen destacou que “as ações do Irã ameaçam a estabilidade da região”.
“O Tesouro não hesitará em trabalhar com nossos aliados para utilizar nossa autoridade em matéria de sanções para continuar desbaratando a atividade maligna e desestabilizadora do regime iraniano”, disse a secretária. Yellen acrescentou que “todas as opções para interromper o financiamento do terrorismo” estarão sobre a mesa.
Os Estados Unidos também tentam trabalhar com o G7 e com países como a China para limitar a capacidade de Teerã para acessar os recursos necessários para a fabricação de armas, disse à imprensa um alto funcionário do Tesouro americano.
Em Bruxelas, o alto representante para a política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, também assegurou que alguns Estados-membros haviam proposto “a adoção de medidas restritivas ampliadas contra o Irã” e que seu escritório iniciaria os trabalhos preparatórios.
“Temos que nos afastar da beira do abismo”, finalizou Borrell.
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